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“As plataformas mudam, mas os princípios continuam”, diz Paula Marsili

Em entrevista exclusiva, VP de Mídia da VMLY&R explica como as marcas devem se posicionar em 2022

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Paula Marsili
1 de 1 Paula Marsili - Foto: Ale Oliveira/ Divulgação

Manter-se atualizado com a ascensão constante do mundo digital é o ponto de partida para se adaptar às mudanças. Frente a isso, as marcas devem estar atentas às plataformas e entender como cada uma delas funciona para, assim, moldar os conteúdos e saber escolher a dedo um porta-voz. É aqui que entram os influenciadores, universo que tem crescido consideravelmente nos últimos tempos. 

De acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto QualiBest, com foco no acompanhamento das mudanças de comportamento das pessoas, os influenciadores galgaram o segundo lugar no poder quando o assunto se trata da tomada de decisão do consumidor. Diante disso, percebe-se o quão relevante é o papel deles para as marcas, uma vez que são eles os experts nas redes sociais e que saberão conversar de maneira assertiva com os clientes.

Dessa forma, a tendência é que cada vez mais os espaços digitais sejam tomados por eles, visto que trabalham para que uma marca cresça e conquiste cada vez mais clientes, gerando credibilidade na venda do produto ou serviço.

Para entender mais esse segmento, o Metrópoles entrevistou com exclusividade Paula Marsili, vice-presidente de Mídia da VMLY&R, agência que investe em criar marcas conectadas. Em todo o mundo, a empresa conta com mais de 12 mil colaboradores e é uma das maiores e principais referências em comunicação integrada do mercado com serviços de publicidade on e off-line.

Desde que assumiu como VP de Mídia da VMLY&R, quais foram as principais mudanças implementadas?

Cada vez mais, a mídia vem assumindo um papel de protagonismo dentro do mercado publicitário, a partir da ascensão das plataformas digitais, do monitoramento de dados e de disciplinas como performance e programática, que nos permitem criar campanhas muito mais segmentadas e efetivas. Tudo isso modificou o perfil do profissional da área e obrigou todos nós a nos atualizarmos com ainda mais rapidez para responder às demandas dos clientes. Ao mesmo tempo, o planejamento estratégico focado em veículos como a TV e a mídia impressa continua sendo fundamental, mas passa cada vez mais pela integração com o mundo digital. Minha prioridade neste primeiro ano foi montar uma equipe multidisciplinar capaz de responder a todos esses desafios e de desenvolver um pensamento estratégico para utilizar as plataformas de mídia com o máximo de assertividade para os clientes.

Em 2022, como as marcas devem se posicionar no mercado?

Durante o período de isolamento social, vimos uma cobrança crescente da sociedade em relação às empresas, pedindo para que elas assumam com ainda mais ênfase o papel de agentes de transformação social. Agora, com o avanço da vacinação, temos a esperança de podermos voltar a ver-nos. Essa combinação de positividade, mas com responsabilidade, deve ditar o posicionamento das marcas no novo ano.

Quais serão as principais tendências do marketing para o próximo ano?

O e-commerce cresceu durante a pandemia e deve continuar marcando o marketing no próximo ano. Os hábitos digitais que incorporamos como consumidores seguirão nos acompanhando daqui para frente e as marcas continuarão avançando nesse caminho.

Acredita que os influenciadores digitais estarão cada vez mais presentes na divulgação das marcas no próximo ano?

As redes sociais fazem parte da vida dos brasileiros, portanto, é natural que os influenciadores digitais integrem estratégias de comunicação das marcas que querem se relacionar com seus públicos. O importante nesse processo é avaliar até que ponto cada influenciador traz verdade para a comunicação do anunciante, e não apenas alcance.

Como uma marca deve escolher um bom influenciador, tendo em vista que não é algo muito barato? 

Existem de nanos a macro influenciadores e todos eles podem estar na estratégia de comunicação de uma marca, focados em públicos específicos ou mais amplos. O importante é avaliar, além do target de cada influenciador, claro, também o quanto cada um deles agrega de autenticidade a uma marca. O quanto os seus valores conversam com os das marcas. E isso até para evitar riscos, já que os influenciadores são pessoas e emitem opiniões com as quais nem sempre um anunciante concorda.

O Marketing de Influência veio para ficar? 

Sim. Porque marketing sempre foi sobre endosso, opinião, engajamento. E influência é tudo isso. Mudam as plataformas, mas os princípios continuam.

Com o crescimento do interesse por vídeos mais curtos, como no TikTok, como as marcas devem fazer para transmitir os conteúdos nesse formato sem que a informação fique incompleta? 

É preciso se adequar ao formato de cada meio. Não faz sentido estar no TikTok fazendo o mesmo conteúdo do Facebook. Os influenciadores são muito importantes nesse sentido, já que, em geral, são especialistas nas redes em que atuam.

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