metropoles.com

As Marcas na Guerra

CEO e fundador da Produzindo Digital, Alan Costa aborda como as grandes empresas estão reagindo ao conflito entre Rússia e Ucrânia 

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Diego Herrera/Europa Press via Getty Images
Jovens fazem barricadas na praça Maidan em Kiev, Ucrânia. Após 8 dias de guerra desde o início dos ataques na Ucrânia pela Rússia
1 de 1 Jovens fazem barricadas na praça Maidan em Kiev, Ucrânia. Após 8 dias de guerra desde o início dos ataques na Ucrânia pela Rússia - Foto: Diego Herrera/Europa Press via Getty Images

Desde a última quinta-feira (24), quando Vladimir Putin ordenou a invasão da Ucrânia pelas tropas russas, o mundo passou a assistir novamente, quase de forma incrédula, a uma estupidez desmedida: a guerra.

Com os recursos do meio digital, passamos a acompanhar, praticamente em tempo real, cada instante da tragédia, que já é considerada o maior conflito na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

A todo instante, perfis de veículos de comunicação nas mídias sociais nos atualizam com notícias lamentáveis sobre o confronto entre os dois países europeus, o que deixa todos em alerta e exigindo uma intervenção de órgãos com papéis conciliadores, como a ONU e a União Europeia.

Em um mundo cada vez mais globalizado, o posicionamento sobre a situação passou a ser exigido de instituições e países com relações diplomáticas com os envolvidos na batalha. Porém, marcas que tinham relações com os consumidores russos, mesmo sem poderio bélico, vestiram a carapuça e mudaram suas posturas a fim de oferecer ajuda às vítimas da guerra e promover retaliações ao país invasor.

Para algumas delas, a simples possibilidade de terem sua reputação associada a uma guerra torna mais que necessário seu afastamento do território russo. Em meio a esse fogo cruzado, uma lista de empresas anunciou suas ações de apoio ao povo ucraniano e de sanções à Rússia.

Airbnb

De acordo com o CEO e o cofundador da empresa, o Airbnb oferecerá moradia gratuita em suas casas, por um curto prazo, para até 100 mil refugiados da Ucrânia. Além disso, a organização trabalhará em colaboração com os governos para melhor atender às necessidades específicas de cada país, inclusive oferecendo estadias de longo prazo, caso seja necessário.

Ford

A Ford anunciou a suspensão de operações na Rússia, sem previsão de retorno. A montadora também informou que doará 100 mil dólares para assistência humanitária na Ucrânia.

Chelsea

Roman Abramovich, bilionário russo e dono do time de futebol inglês, confirmou, até o fechamento deste artigo, que colocou o clube à venda e doará os lucros da operação para financiar necessidades urgentes das vítimas e apoiar os projetos de recuperação dos estragos da guerra.

Visa e Mastercard

Quem também decidiu abrir “chumbo grosso” contra a Rússia foram as empresas de cartões de pagamento Visa e Mastercard. As duas companhias bloquearam várias instituições financeiras russas de sua rede e, além disso, doarão 2 milhões de dólares para ajuda humanitária.

Apple

Em resposta à invasão, a Apple informou que interrompeu todas as vendas de produtos na Rússia.

Adidas

A companhia de artigos esportivos alemã Adidas suspendeu sua parceria com a Federação Russa de Futebol (RFS) de forma imediata. De acordo com o comunicado da empresa, a decisão está alinhada com uma série de decisões tomadas por órgãos esportivos no sentido de cortar laços com órgãos ou empresas afiliadas à Rússia.

Fifa

Órgão maior do futebol, a Fifa decidiu banir a Seleção de Futebol Russa da disputa das Eliminatórias e da Copa do Mundo. A decisão foi tomada em conjunto com a UEFA e afeta também o futebol feminino e as categorias de base.

UEFA

A União das Associações Europeias de Futebol decidiu rescindir o contrato de patrocínio no valor de R$ 455 milhões com a Gazprom, estatal russa de gás.

Aéreas

A fabricante de aviões Airbus informou que parou de enviar peças para a Rússia e de apoiar as companhias aéreas daquele país. Quem também se opôs à economia russa foi a Boeing. De acordo com a empresa, estão suspensos os setores de peças, manutenção e suporte técnico para companhias aéreas russas, bem como grandes operações em Moscou.

Montadoras Japonesas

Mesmo com uma postura mais neutra, a Toyota, a Honda e a Mazda, principais montadoras japonesas, pararam suas operações na Rússia em virtude da invasão da Ucrânia.

Disney, Warner Bros. e Sony

Em resposta à invasão da Ucrânia e à crise humanitária que se desdobra, os estúdios Disney, Warner Bros. e Sony Pictures disseram que vão pausar os lançamentos dos próximos filmes na Rússia, entre eles, The Batman.

As marcas estão exercendo forte pressão econômica contra o conflito. No entanto, afirmar que essa força econômica será suficiente para cessar a guerra, a gente não sabe. Mas, seguindo a velha máxima de que a união faz a força, o esforço de cada uma delas já é pelo menos uma dose de esperança.

Alan Costa é CEO e fundador da Produzindo Digital, empresa especializada em vendas pela internet.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?