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As dores e as delícias de empreender

Suênia Dantas, sócia da Prezz Comunicação, aborda as dificuldades enfrentadas pelas mulheres em posição de liderança no Brasil

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Dia da Mulher
1 de 1 Dia da Mulher - Foto: Mikhail Nilov/Pexels

Selo Mulheres EmpoderadasÉ fato que a palavra empreendedorismo está em alta, o feminino então tem tomado proporções impressionantes.  Nos últimos anos, vimos a ascensão de mulheres no ramo e a grata satisfação de ver milhares de empresas capitaneadas por elas. Dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), feita pelo IBGE, revelou que 9,3 milhões de mulheres estão à frente de negócios no Brasil, um dado positivo, mas muito aquém do que se pode chegar quando se pensa na potência que temos como força de trabalho e produtividade.

Embora as mulheres tenham nível de escolaridade maior que o dos homens, os negócios femininos ainda têm menor rentabilidade e isso envolve vários fatores que vão desde o tipo de negócio em que se empreende até questões socioculturais. Áreas como robótica, biotecnologia, fintechs, que têm grande potencial de escalabilidade, ainda são lugares com pouca participação feminina. É preciso que se mude a cultura, as meninas precisam ser incentivadas a interessar-se por robótica, economia, política, empreendedorismo, com exemplos de mulheres bem-sucedidas, sejam nas ciências ou nos negócios. A era do conto de fadas já passou.

A grande questão é que estamos longe da tão sonhada equidade. Apesar do espaço conquistado, os desafios são constantes e muito maiores do que os enfrentados pelos homens. Desde o acúmulo de funções como cuidar da empresa, das tarefas domésticas e dos filhos até a credibilidade na hora da negociação com clientes ou até mesmo na liderança de uma equipe. Quando um homem se impõe, ele é respeitado, visto como alguém que tem ideias firmes e que sabe defender seu posicionamento. Quando uma mulher se impõe, geralmente é mandona, autoritária. A verdade é que na sociedade em que vivemos, o que se espera da mulher é a posição de servir e nunca liderar, talvez por isso seja tão difícil ter um negócio no Brasil sendo mulher.

A realidade é que com o tempo nos acostumamos com os títulos que nos são impostos: loucas, barulhentas, mandonas. Numa roda de conversas com mulheres de negócios, com certeza essas histórias são contadas. Mas com o tempo, apesar de nunca deixar de ser desrespeitoso, não são coisas que incomodam, porque o que nos une é a liberdade de ser quem somos e a certeza de saber onde queremos chegar. 

Sócia da Prezz Comunicação, Suênia Dantas é jornalista, pós-graduada em Gestão da Comunicação nas Organizações e possui MBA em Marketing Digital.

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