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AKQA lança RG Black para debater viés racial no audiovisual

Iniciativa tem como objetivo mostrar como a pele negra é retratada e enfatizar a inclusão

atualizado

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1 de 1 AQKA - Foto: Divulgação/AQKA

Para fomentar o debate sobre o viés racial presente na cultura e tecnologias da indústria audiovisual, a agência de comunicação AKQA lança o movimento RG Black – Reframing the Greatness of Black (Retratando a Grandeza da Pele Negra).

A iniciativa tem como mote promover uma transformação em como a pele negra é retratada, bem como enfatizar a importância de formas de representação mais inclusivas. A concepção do projeto surgiu há dois anos durante uma análise interna da área de Impacto da AKQA, que percebeu que alguns dos trabalhos do estúdio não mostravam fielmente a pele negra.

Com o objetivo de corrigir esses erros em projetos futuros, a equipe pesquisou técnicas de calibração de cores, iluminação, diferenças entre tons de pele, maquiagem e cabelo e descobriu que, para atender às necessidades do mercado-alvo na década de 40, o padrão implícito nas configurações originais dos produtos fotográficos privilegiava a pele branca. Oitenta anos depois, mesmo com a evolução da imagem digital, os padrões usados continuam exatamente os mesmos.

“A RG Black é  um ponto de partida que inicia um debate relevante na indústria do audiovisual. Com ele, queremos mostrar que não precisamos ficar parados esperando por novas tecnologias que surgirão no futuro. Utilizando princípios gerais sobre iluminação, colorimetria, maquiagem e outros conhecimentos, podemos exaltar cada vez mais a beleza negra no presente. Mas antes de mais nada, essas iniciativas são um convite. Queremos que mais pessoas e empresas se interessem pelo tema, fazendo com que essa mensagem chegue ainda mais longe”, destaca Gabriel Franca, diretor de Criação associado da AKQA.

Durante o século XX, a pela branca foi usada como referência de tecnologia aplicada a filmes coloridos. Para calibrar as cores, os laboratórios fotográficos usavam os Shirley Cards, que eram a foto de uma mulher branca com as referências e cores, exposição à luz e densidade. A partir desse método de calibração, fotógrafos e designers faziam o balanceamento das máquinas em um padrão considerado “normal”.

Oitenta anos depois, mesmo com toda a evolução da imagem digital, os padrões utilizados hoje continuam os mesmos, perpetuando o viés racial nas práticas contemporâneas de captura, criação, distribuição de imagens e algoritmos de IA.

Dessa forma, o movimento RG Black nasceu para romper essas regras e trazer novas perspectivas para quem está atrás das câmeras retratar toda a grandeza da beleza negra por meio da criação de novos cards de calibração projetados para diversos tipos de pele. 

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