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Adventures cria plataforma de interação com anúncios para apps de voz

Primeira brandtech da América Latina investe em novos recursos para aumentar engajamento de clientes. Confira entrevista com o CTO da marca

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CTO da Adventures sobre relação entre marcas, podcasts e consumidor: “O futuro está bem próximo”
1 de 1 CTO da Adventures sobre relação entre marcas, podcasts e consumidor: “O futuro está bem próximo” - Foto: Divulgação

As marcas estão cada dia mais preocupadas em colocar o cliente no centro do negócio e, para isso, não poupam esforços ao investir em novos recursos que possibilitem o contato com o consumidor. Muitas delas, por exemplo, têm apostado em API de voz – ferramenta que auxilia na proximidade e relação de confiança do cliente com a empresa.

Primeira brandtech da América Latina, a Adventures se posiciona para ajudar nessa dinâmica de engajamento dos consumidores. Uma das mais promissoras empresas de marketing do país, a marca é responsável por assinar, entre outros projetos, o case da Domino’s como a primeira pizzaria com opção de pedido interativo por voz. Isso mesmo, para fazer os pedidos via smart speakers, os usuários só precisavam dizer “Alexa, iniciar Domino’s” ou “Ok Google, falar com Domino’s”.

A Disney também está no rol das marcas atendidas. Para a campanha “Agora é hora de brincar” (do Dia das Crianças do ano passado), a Adventures criou uma ferramenta de interação com as crianças. Durante 30 dias, os dubladores oficiais da Disney contaram uma série de histórias que puderam ser ouvidas em assistentes de voz. Mickey e Minnie Mouse, Dory, Anna, Olaf e Elsa, Homem-Aranha e Homem de Ferro convidavam meninas e meninos a pegar os brinquedos e a participar da brincadeira, estimulando a imaginação e usando os recursos digitais do comando de voz.

Ao Metrópoles, Conrado Caon, CTO da Adventures, adiantou que a brandtech está desenvolvendo uma plataforma de interactive audio Ads que funcionará de forma similar a um Voice App (Skills na Alexa e Actions no Google Assistant), porém no stream do usuário.

“É algo que já se tornou realidade no mercado norte-americano (inclusive com a aquisição da Instreamatic pela Pandora) e também por iniciativas do Spotify com anunciantes norte-americanos, ainda em beta. Os interactive audio Ads permitem que o público responda e engaje em conversas com os anunciantes em áudio, de forma interativa. Inclusive, podem disparar transações de Voice Commerce no ato. O futuro está bem próximo”, afirma o CTO.

Acompanhe abaixo entrevista com Conrado Caon:

As marcas têm utilizado os podcasts de maneira adequada para fazerem branded mais assertivo?

Sim, e evidentemente sempre há espaço para melhorias. No universo do áudio, seja com ativações nos podcasts de forma acordada com os creators/podcasters ou com programmatic placements, já há iniciativas de muito êxito. Cito um bom caso em que anunciantes e parceiros ativam: o pessoal do NerdCast.

Os podcasts conseguem uma coisa que outros formatos na internet não conseguem: atrair a atenção da audiência por mais tempo. Isso pode ser visto como vantagem?

Quando falamos em anúncios em podcasts, estamos pensando em um formato diferente dos conteúdos que costumamos ver. Isso porque, quando a empresa escolhe onde inserir a sua campanha, ela está direcionando para um podcast que tenha sinergia com o público-alvo, o que com certeza vai despertar interesse. Além disso, os podcasts têm a vantagem de criar uma conexão com os ouvintes, como se o host estivesse falando diretamente para aquele usuário – e essa personalização é algo muito apreciado pelo consumidor. Em relação ao tempo, é vantajoso sim, porque falando por mais tempo a respeito de determinado produto/serviço, a chance de cativar o ouvinte é maior, tendo em vista que ao longo do discurso ele pode encontrar um ponto de conexão com aquela solução. Outra vantagem do áudio é que ele consome menos capacidade de processamento cerebral em comparação com textos ou vídeos, dessa forma permitindo que a audiência continue consumindo seu conteúdo mesmo quando já ativa em outras tarefas, num modo internacionalmente referenciado por multitasking.

Quais as principais especificações na hora de precificar os anúncios neste formato? Na sua opinião, os publishers ainda cometem erros ao tentar migrar os tradicionais formatos de anúncios de rádio para esta nova solução?

Basicamente, são precificados baseados em audiência e qualificação do público, tendo a vantagem de obter dados mais precisos e direcionar anúncios a targets altamente específicos. Sobre os publishers, eles se adaptarão a essa nova realidade. É típico para toda nova tecnologia existente, porém, precisa-se celeridade nesse processo, porque quem sai na frente, ganha.

Que tipo de ativação chama a atenção das marcas que desejam este tipo de formato?

Nosso case mais recente foi com o Phantom, novo perfume da Paco Rabanne. A Adventures desenvolveu um voice app que iniciava o fluxo conversacional do pedido da amostra via Google Assistant ou Alexa Amazon, por meio da ativação: “Ok Google, falar com o experimentador” ou “Alexa, abrir experimentador”. Assim, os usuários iniciavam a experiência criada exclusivamente para Phantom. Foi o primeiro case de Voice Sampling na América Latina. Em apenas 88 horas de campanha ativa, finalizamos o estoque designado de amostras. Um sistema capaz de funcionar sozinho do início ao fim, sem interferência humana.

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