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A nova dimensão do Marketing com a Web 3.0 

As próximas mudanças na internet marcarão uma revolução na área, acredita o jornalista Adriano Silva

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A nova dimensão do Marketing com a Web 3.0 
1 de 1 A nova dimensão do Marketing com a Web 3.0  - Foto: Libby Penner/Unsplash

Nos últimos anos, o mundo do marketing tem estado em um período de evolução. As plataformas de mídia social se expandiram, ferramentas de IA foram desenvolvidas para auxiliar a estratégia e os profissionais de marketing aprenderam o valor do conteúdo à medida que os mecanismos de busca reconhecem a intenção dos usuários. Agora, estamos adentrando em uma nova revolução com web3 e metaversos no leme. 

O que é Web 3.0 ?

Isso é um navegador? Uma nova plataforma de publicidade? Não é bem assim. Especialistas descrevem o Web3 (às vezes chamado de Web 3.0) como a próxima interação da World Wide Web. Nos estágios iniciais da internet, tínhamos o Web1, em que os sites eram estáticos e tudo era primitivo. Logo após o milênio, houve a transição para a Web2, em que a experiência do usuário melhorou e qualquer pessoa com os recursos certos poderia lançar um site.

Durante esta segunda fase mais longa, a forma como as pessoas compartilhavam e consumiam conteúdo on-line mudou. À medida que as mídias sociais cresciam, as pessoas tinham pequenos dispositivos móveis nos bolsos que podiam acessar dados onde quer que estivessem no mundo.

À medida que nos confrontamos com 2022, alguns especialistas acreditam que as próximas mudanças na internet marcarão uma revolução e, portanto, uma mudança para o Web3, ao invés de apenas outra mera evolução. Com os recursos informativos do Web1 e a natureza socialmente conectada do Web2 como base, o Web3 se baseará nos elementos virtuais da internet. Isso inclui o seguinte:

  • Web semântica

  • Personalização

  • Shoppings virtuais

  • Metaversos

O impacto da Web3 nos negócios

Em última análise, esse conceito está mudando a forma como todos usam a internet. Como negócio, haverá muitas estratégias inovadoras de marketing que otimizam sites e foquem em SEO. É importante notar que essas fundações não desaparecerão, mas precisarão ir mais longe para impulsionar a experiência do consumidor.

Enquanto os profissionais de marketing entrarão em pânico quando ouvirem falar da Web3, a maioria das empresas deverá estar aproveitando a oportunidade, para que possa alcançar seu público com conteúdo direcionado. Com acesso a maiores informações, os consumidores recebem conteúdos relevantes e tomam decisões de compra mais informadas. 

Descentralização

Ao ler sobre o Web3, provavelmente muitas pessoas se agarrarão ao aspecto de descentralização. Essa perspectiva vai de encontro com a grande parte dos usuários, dos quais acreditam que a integração atual da internet é muito dependente das empresas big tech — isso inclui Google, Facebook, Apple e outros gigantes tecnológicos. 

Inicialmente, essa impressão passa pelo fato dessas organizações usarem os dados coletados como subproduto de serviços oferecidos. Hodiernamente, ele encoraja ativamente os navegadores a inserir suas informações para que possam vender esses dados a terceiros. Quanto mais esse problema crescer, mais inquietos os usuários finais se tornarão. Consequentemente, os consumidores têm procurado recuperar o controle de seus dados por meio da Transparência de Rastreamento de Aplicativos e outros recursos.

A Web3 propõe um sistema descentralizado usando a tecnologia Blockchain. Nesse novo sistema, os indivíduos têm controle sobre seus próprios dados, então a necessidade de uma parte do meio é removida, visto que as pessoas trocam dados com seus destinatários escolhidos.

Com um sistema descentralizado, o risco de roubo de dados reduz porque os dados não são mantidos em locais centralizados. Por exemplo, aqueles que mantêm dados em uma nuvem, atualmente vivem com medo constante de serem hackeados.

Além disso, a descentralização remove nossa dependência de servidores centrais. Se esses servidores centrais falhassem agora, o mundo inteiro entraria no caos (vimos muitos exemplos disso ao longo dos anos). Sem ter que confiar no Facebook, Google Docs e outros servidores centrais, o risco de falha e interrupção é limitado. eles podem visualizar suas informações sem ter que se preocupar com a autorização externa. Sem terceiros segurando seus dados, isso leva a uma melhor privacidade e segurança.

Como você pode ver, a descentralização é uma proposta atraente, e não precisa causar problemas para os profissionais de marketing. Mesmo nesse novo ambiente, os profissionais de marketing podem se conectar com as pessoas e alcançar o mercado alvo de interesse. De repente, o marketing volta ao básico na construção de relacionamentos com as pessoas, a humanização por meio de metadados. 

Humanos e máquinas usando metadados

Embora grande parte do foco esteja na descentralização, não devemos ignorar as características menores. Como exemplo, que a teia semântica foi projetada para melhorar a comunicação entre humanos e computadores. Usando metadados, a web semântica pode descrever conteúdo para máquinas lerem e entenderem. 

Inteligência artificial

Depois de abraçar a inteligência artificial, não haverá necessidade de se preocupar em ir para uma direção diferente, porque isso será onipresente com o Web3. O NLP (Processamento de Linguagem Natural) está fazendo um grande progresso em ajudar os computadores não só a entender, mas a interpretar a linguagem humanaÀ medida que essa tecnologia continua a crescer, os computadores se tornam mais humanos. Em última análise, isso significa soluções mais rápidas e respostas mais precisas.

Ambiente 3D

Dentro disso, podemos ver que cada vez mais pessoas estão imersas e mais atraídas pelo design tridimensional no futuro, visto que, pode ajudá-las a entender melhor o conceito, do que duas dimensões. Devido ao desenvolvimento do Web 3.0, cada vez mais aplicativos usam design tridimensional, como realidade virtual (VR), realidade aumentada (AR) e visualização de produtos 3D.

A Importância do Blockchain

Na própria menção à palavra Blockchain, os profissionais de marketing e os consumidores receosos compartilham de nervos à flor da pele, uma vez que esse termo está frequentemente relacionado com criptomoedas e tecnologias semelhantes. Desse modo, o Blockchain é muitas vezes considerado tão grande e expansivo quanto a própria internet.  A previsão é que essa etapa seja de formação e consolidação para esses sistemas pouco usuais. 

Essencialmente esses métodos desempenham um papel importante na acomodação de um sistema descentralizado e aberto. A tecnologia Blockchain melhora a segurança dos dados e estabelece as bases para outras tecnologias no ecossistema. Em suma, deverá ser o principal responsável pelo fornecimento de transparência e eficiência que os proponentes dessa tecnologia desejam.

A Revolução batendo na porta

Aliás, conceitos como “revolução” podem fazer qualquer um querer desligar o dispositivo e desejar tempos mais simples e práticos. Infelizmente, aqueles que ignorarem essa importante mudança serão deixados para trás. Para aqueles que procuram por evidências de que a revolução está chegando, basta somente olhar para o poder do Facebook mudando seu nome para Meta. A cada mês, a Meta parece investir mais no metaverso à medida que se move para esse campo em desenvolvimento. 

A melhor maneira de se preparar para a revolução de entrada é focar em experiências positivas de usuários e transparência. À medida que o sistema descentralizado toma conta, o negócio será inerentemente transparente, e os usuários assumirão o controle de sua privacidade e dados. Os empresários, por sua vez, precisarão estar prontos para a adoção de tecnologias Blockchain. Ao adaptar-se a essa mudança, poderão garantir que os dados estejam abertos para todos – em especial, para os clientes.

 O mercado está se movendo muito rapidamente para isso. Ao tomar decisões de negócios, deve-se lembrar do Web3 e da longevidade de novas estratégias. colocando seus recursos em conteúdos genuinamente valiosos, que mantenham este caminho para o futuro previsível, como no caso das comunidades de NFTs (tokens não fungíveis) que estão crescendo expansivamente. 

Mídias Sociais

Se isso é uma revolução, presume-se assumir que cada parte da estratégia de marketing digital será afetada até certo ponto. O que isso significa para as mídias sociais? Atualmente, o YouTube e o Facebook ainda estão no topo da lista em termos de usuários gerais e popularidade. Em tão pouco tempo, eles mudaram completamente a forma como as pessoas na sociedade se comunicam. Pois bem, isso pode ser um momento emocionante para o nicho de mídia social.

Se os planos se concretizarem, o detalhe mais emocionante para os usuários é que eles teriam controle. Imagine um mundo onde a vida não seja ditada pelo Facebook e outras grandes plataformas de mídia social. Com ‘dApps’, os dados dos usuários nunca pertencem a uma única entidade. Os usuários podem desfrutar das mídias sociais da maneira convencional.

Pontos Finais

Esta é uma série de informações para receber, especialmente se você estava preparando o seu negócio para um típico padrão a médio e longo prazo, pensando no futuro e não apenas em mudanças pontuais de um ano. Surpreendentemente, os brasileiros têm uma enorme possibilidade de mudar e aderirem às mudanças que esses poderosos monopólios dos gigantes da tecnologia têm em mente, fazendo com que esse poder possa se disseminar de maneira mais igualitária. Da mesma forma que a partir dessas configurações, os consumidores precisarão de algum convencimento de seus novos benefícios. 

Do ponto de vista empresarial, todos precisam se preparar para a transformação e se concentrar em fornecer valor aos consumidores. Nos próximos meses, haverá potenciais chances de criar conexões genuínas com as pessoas, já que o mercado ainda está em processo de adaptação e existe um oceano azul de possibilidades nesse sentido. Portanto, é de suma importância que fique à frente da curva e comece agora – mesmo que o Web3 ainda não esteja perto de sua forma final.

Adriano da Silva Santos é jornalista e escritor, formado na Universidade Nove de Julho. Também é comentarista do podcast “Abaixa a Bola” e escreveu o livro “Por que sou infeliz?”.

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