5 filmes para expandir os horizontes de quem trabalha com comunicação

No universo da comunicação, contar histórias é uma habilidade essencial para conectar marcas e públicos de forma autêntica. O cinema, com sua capacidade única de emocionar, inspirar e engajar, é uma fonte inesgotável de aprendizado para profissionais que buscam aprimorar suas estratégias de criar narrativas.

Das grandes lições de estrutura narrativa às nuances de personagens e cenários, os filmes mostram como criar experiências envolventes que ressoam no público.

Filmes, tanto ficcionais quanto baseados em fatos reais, costumam apresentar histórias repletas de aprendizados para o campo da comunicação.

Ao retratar o jornalismo, a publicidade e a construção de imagem, essas produções cinematográficas abordam dilemas éticos, estratégias narrativas e o impacto da mídia na sociedade.

O Metrópoles e os especialistas da Growth Comunicações selecionaram cinco filmes que todo profissional da área deveria assistir. Confira as recomendações:

Doente de mim mesma (2022)

Disponível em: Mubi

Indicado por Larissa Zerbini, analista de comunicação.

Dirigido por Kristoffer Borgli, o filme norueguês aborda temas como o limite da exposição nas redes sociais e o narcisismo. A trama gira em torno de um casal em que um quer aparecer mais que outro. Thomas é artista e começa a ganhar mais reconhecimento, se tornando queridinho no meio das artes e na imprensa. Então, a namorada Signe começa a cometer loucuras que prejudicam sua saúde, na tentativa de chamar atenção dele e das amigas.

Em meio à era digital e o avanço tecnológico, o filme nos faz refletir sobre a busca de validação nas redes sociais, os limites éticos e morais da exposição e da fama e o papel da comunicação e do marketing na sociedade contemporânea.

The Post: a guerra secreta (2018)

Disponível em: Disney+

Indicado por Dayanne Vieira, analista de comunicação.

Kat Graham (Meryl Streep) é a publisher e CEO do do The Washington Post, um jornal que está prestes a lançar suas ações na Bolsa de Valores de forma a se capitalizar e, consequentemente, ganhar fôlego financeiro. Ben Bradlee (Tom Hanks) é o editor-chefe do jornal, ávido por alguma grande notícia que possa fazer com que o jornal suba de patamar no sempre acirrado mercado jornalístico.

Quando o New York Times inicia uma série de matérias denunciando que vários governos norte-americanos mentiram acerca da atuação do país na Guerra do Vietnã, com base em documentos sigilosos do Pentágono, o presidente Richard Nixon decide processar o jornal com base na Lei de Espionagem, de forma que nada mais seja divulgado.

A proibição é concedida por um juiz, o que faz com que os documentos cheguem às mãos de Bradlee e sua equipe, que precisa agora convencer Kat e os demais responsáveis pelo The Post sobre a importância da publicação de forma a defender a liberdade de imprensa.

A história real mostra a força da liberdade de imprensa e o papel dos meios de comunicação em tempos de censura. Profissionais de comunicação podem tirar lições sobre coragem editorial, responsabilidade pública e os desafios de defender a verdade.

Spotlight: segredos revelados (2015)

Disponível em: Max

Indicado por Marina Pádua, gerente de contas digitais.

A sugestão, certamente, aparece em todas as listas de filmes sobre jornalismo. Dirigido por Tom McCarthy e baseado em uma história real, o drama mostra um grupo de jornalistas em Boston que reúne milhares de documentos capazes de provar diversos casos de abuso de crianças, causados por padres católicos. Durante anos, líderes religiosos ocultaram o caso transferindo os padres de região, ao invés de puni-los pelo caso.

Vencedor nas categorias de Melhor Filme e roteiro original na 88ª edição do Oscar, o longa conta com Michael Keaton, John Slattery, Stanley Tucci, Mark Ruffalo e Rachel McAdams no elenco.

O filme destaca a importância de uma investigação criteriosa e o impacto social do jornalismo. É uma referência essencial para comunicadores que buscam entender o peso e a responsabilidade de expor a verdade, mesmo em cenários desafiadores.

Hancock (2008)

Disponível em: Netflix

Indicado por Vitória de Matos, analista de comunicação.

Hancock (Will Smith) é um super-herói que perdeu a popularidade que tinha, devido às suas tentativas de resgate pouco convencionais. Após salvar Ray Embrey (Jason Bateman), um agente de relações públicas, ele se oferece para ajudá-lo a melhorar sua imagem.

A ideia não é bem aceita por Mary (Charlize Theron), a esposa de Ray, que mostra ao marido que Hancock teve uma ordem de prisão contra si lançada. Ray então sugere que Hancock se entregue, mesmo podendo escapar da prisão na hora que quisesse, para dar o exemplo e iniciar a mudança de sua imagem junto ao público.

Ray acredita que, com Hancock preso, a criminalidade irá disparar e, com isso, a população chamará de volta seu herói. O filme é uma metáfora leve e divertida sobre rebranding, imagem pública e gestão de crise. É uma ótima lição sobre como o marketing pode transformar a percepção pública e criar oportunidades, mesmo para figuras com baixa popularidade.

Erin Brockovich – uma mulher de talento (2000)

Disponível em: Prime Video

Indicado por Nathália Sanches, owner da Growth Comunicações.

O filme dirigido por Steven Soderbergh rendeu um Oscar de Melhor Atriz à Julia Roberts, pelo seu papel como Erin Brockovich, uma mãe que trabalha em um pequeno escritório de direito. Como assistente, ela descobre que uma grande empresa está por trás da contaminação da água de uma cidade da Califórnia.

Logo, ela entra em um processo judicial contra a corporação para compensar as vítimas pelos danos. Apesar de Erin trabalhar em um escritório de advocacia, o filme aborda as questões de responsabilidade empresarial e ESG, tão latentes nos negócios e na comunicação de uns para cá, e serve de inspiração para a gestão de relacionamento com stakeholders.