10 pilares da comunicação madura: escuta e expressão
Camilla Covello, CEO da agência de comunicação C2L, explica como atingir uma comunicação madura em 10 etapas
atualizado
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A comunicação é uma habilidade essencial que evolui constantemente. Enquanto o conceito de “comunicação não violenta” tem sido discutido há muito tempo, a “comunicação madura” emerge como uma abordagem mais abrangente e eficaz.
Embora a comunicação não violenta seja condição sine qua non (sem a/o qual não pode ser), muitas vezes negligencia a importância fundamental da escuta ativa. Esquecemos que a comunicação, de modo simples, é feita por uma pessoa que fala e outra que escuta, e dominar a arte da escuta é igualmente crucial.
Por conta disso, trouxe os 10 pilares fundamentais para obter uma comunicação madura: cinco voltados para a fala e cinco voltados para a escuta. Confira!
Fala
Solução ou ego?
Precisamos nos atentar para diferenciar “agir por convicção” ou “buscar uma solução para o problema”. Sempre que é preciso admitir um erro ou seguir por outro caminho, aceitar esse resultado pode mexer com nosso ego. Por isso, é importante se atentar na maneira que for repassar essa mensagem. Porque, muitas vezes, pode parecer carregado de um “ar de superioridade”.
O tom é determinado pelo estado emocional
Ao iniciar uma conversa, considere o ambiente emocional, porque isso pode influenciar significativamente o curso do diálogo. Se o comunicador ou o receptor estiverem agitados, a comunicação pode se tornar conflituosa e a mensagem provavelmente será distorcida. Portanto, é essencial manter a calma e ter clareza sobre o que deseja comunicar.
Dica: Dê uma respirada e reencontre o sentido do que e para que você está passando aquela mensagem.
Trocar ideia ou convencer?
Durante uma conversa em que está acontecendo algum debate, é preciso tomar cuidado em não se prender nas próprias convicções. Em vez disso, devemos fomentar um ambiente em que as pessoas possam compartilhar e explorar diferentes perspectivas.
Respeito à liberdade do outro
É importante estabelecer os limites e entender a vontade das pessoas envolvidas na comunicação. Às vezes o que você considera bom, pode prejudicar os outros. Por conta disso, é importante respeitar a vontade e a liberdade dos outros durante uma conversa.
Cuidado com a passividade agressiva
Devemos ser conscientes do tom e das palavras que escolhemos durante uma conversa, conforme mencionado no tópico 2. Escolher as palavras com cuidado e evitar ambiguidades é fundamental para evitar mal-entendidos que possam fazer com que pareçamos agressivos. Não adianta ser agressivo em voz baixa!
Escuta
Nem tudo é sobre você
Entrando nos tópicos sobre a escuta é preciso compreender que nem sempre tudo será como você quer e da maneira que é bom para você. É fundamental ouvir e entender o outro lado, porque pode ser que os outros envolvidos tenham questões diferentes das suas. Se isso acontecer, pare um minuto para pensar que isso pode ser sobre a pessoa que está falando e não sobre você. E se ela estiver em um dia ruim? (Lembre-se do tópico 2 da “Fala”).
Ser direto não é ser grosseiro
É importante entender a diferença entre ser direto e ser rude. Expressar nossas opiniões de forma direta e clara não implica necessariamente ser grosseiro. A sinceridade e a objetividade podem acelerar a resolução de problemas.
Disposição para a verdade
Em discussões e debates, devemos estar dispostos a ouvir e aceitar a verdade, em vez de optar por ouvir apenas versões suavizadas da realidade. A honestidade é essencial para um diálogo significativo.
Responder, argumentar ou compreender
Se alguém fala algo que você não concorda, você pode responder, argumentar ou compreender a mensagem. Porém, caso não acredite que aquela é a maneira certa de resolver, é importante identificar a melhor forma de responder. Caso contrário, o debate pode não evoluir, o que nos leva ao último tópico da “Escuta”.
Confronte o argumento e não a pessoa
Se você não concorda com algo que foi falado durante um diálogo, é preciso saber como discordar daquilo, trazendo críticas ao comentário e não à pessoa que falou. Isso é fundamental para não criar rusgas entre as pessoas envolvidas no debate.
Em resumo, uma comunicação madura envolve a honestidade, mesmo ao compartilhar nossas vulnerabilidades, tornando-nos mais autênticos e humanos.
Reconhecendo que todos temos falhas, podemos evoluir não apenas na maneira como nos comunicamos, mas também como nos relacionamos com os outros.
Domine esses 10 pilares e fortaleça suas habilidades de comunicação para prosperar em todos os aspectos da vida, seja no corporativo ou no âmbito pessoal!
Camilla Covello é CEO da agência de comunicação C2L | Communication to Lead.