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Os shows drive-in já são uma realidade em muitas cidades do país. Estivemos no Espaço Hall, no Rio de Janeiro, acompanhando uma apresentação do cantor Belo para mostrar curiosidades e dar algumas dicas a quem está se programando para essa nossa “nova realidade”.
A principal é: chegue cedo para pegar um lugar na “fila do carcarejo” (apelido para primeira fila de carros). Muitos locais não trabalham com vagas marcadas e, com isso, quem chega tarde acaba ficando bem atrás, o que não é muito bom para assistir ao show. Além disso, aos que tem caminhonete ou carros grades, é importante saber que vocês ficarão nas vagas dos cantos, para não atrapalhar a visão dos carros de passeio.
Leve um cooler cheio de bebidas e comidinhas, pois a espera é longa. E, realmente, só podemos sair do carro para ir ao banheiro. No show do Belo, teve fã que ficou mais de 7 horas sentada no carro. O que não atrapalha em nada a diversão, já que estamos todos desde o final de março em isolamento em casa sedentos para ver nossos ídolos de perto, mesmo que seja através do vidro do carro.
Se você quiser mais privacidade com seu par, o ideal é tenha o carro com vidros bem escuros, pois a distância entre um carro e outro não possibilita privacidade. No caso do show do Belo, que é bem romântico, foi difícil seguir as dicas do cantor, que falou que seu show era ideal para fazer amor. João Paulo bem que tentou, após pedir a namorada em namoro. Mas, segundo ele, o carro pode balançar muito e chamar atenção (veja mais no vídeo).
Serviços variados
Quem não quiser levar comidas e bebidas, pode ficar despreocupado, pois existe serviço no local. Quando compramos um ingresso, ganhamos um QR Code e, por meio de um aplicativo de celular, podemos pedir pipoca, lanches, bebidas alcoólicas e até comida japonesa.
O som do show é sintonizado em uma estação de rádio, mas quem não tiver o aparelho no veículo, não precisa se preocupar em ficar de fora: no Espaço Hall, por exemplo, é possível alugar uma caixa de som.
As buzinas e as piscadas de farol são as novas palmas. É diferente para quem assiste, mas também para quem canta. Acostumado a cantar para multidões de pessoas, Belo estava entusiasmado após lotar o Allianz Parque, em São Paulo, na sexta (10/7), e o Espaço Hall, no Rio de Janeiro, no sábado (11/7), e falou um pouco da experiência da cantar para uma plateia de veículos.
“Estamos vivendo momento delicado, mas estava com saudade do palco. Apesar de serem carros, as pessoas estão ali dentro e sinto o carinho, o calor e a alegria delas. Não sei se os shows drive in ficarão para sempre, quem sabe, pode ser uma nova modalidade de show. Mas a realidade é que também precisamos trabalhar e estou muito feliz com essa oportunidade”, afirmou.
Reportagem de Monique Arruda