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Se Nego Di ganhar R$ 1,5 milhão no BBB21, ele já pode destinar uma parte para o videomaker Alessandro Kroth. O profissional o acusa de não ter pago pelos seus serviços de filmagem de oito entrevistas para o quadro Resenha dus Guri, do canal do YouTube do influencer. Já o assessor do brother diz que o contratou apenas como um teste para avaliar seu trabalho.
Alessandro procurou a equipe de Nego Di interessado em ser um dos patrocinadores do sorteio de um carro que o influencer realizaria em seu Instagram. Cada patrocinador faria um investimento de R$ 2.750 para ter o retorno de 5 mil a 80 mil seguidores. O videomaker, então, fez uma proposta de permuta. Ele ofereceu seus serviços para cobrir esse valor e sugeriu um teste para que o humorista conhecesse seu trabalho.
“Se ele estiver na dúvida, me proponho a fazer um teste. Posso produzir algo sem compromisso para tentar impressionar o homem”, escreveu Alessandro para o assessor de Nego Di. Dias depois, o videomaker foi chamado pela equipe do influencer para um trabalho em São Paulo. Ele foi o responsável pela filmagem de oito entrevistas do quadro Resenha dus Guri e disponibilizou seu equipamento para a gravação ao longo de cinco dias.
“Foi bem puxado, mas foi massa. A gente entrevistou Renato Albani, Marcio Donato, Dihh Lopes, Alê Oliveira, Rodriguinho, Tata do Pagode da Ofensa, Murilo Couto e Afonso Padilha. Eu estava operando duas câmeras, dois microfones de lapela e iluminação sozinho. Era uma baita responsabilidade, não podia dar nada errado. E a gente sabe que entrevista pode dar muita coisa errada”, contou Alessandro.
De volta a Porto Alegre, Alessandro entregou as imagens e alguns dias depois, entrou em contato com o assessor de Nego Di para saber se o trato estava de pé, que respondeu que ainda não sabia. “A minha proposta era usar esses materiais como pagamento. Eu calculei um valor por baixo de R$ 350 por cada trabalho e a gente fez oito, então daria R$ 2.800, o que pagaria o valor do sorteio”, disse o videomaker.
“O material ficou bom. Comparado aos outros vídeos do canal, a qualidade ficou muito superior. Eu falei: ‘De repente, vocês não estão a fim de me colocar no sorteio, eu entendo. Mas então, vocês pagam pelo serviço e fica tudo certo’. E aí o tom da conversa já mudou”, afirmou Alessandro. O assessor de Nego Di respondeu que não havia dado nenhuma garantia e que este trabalho havia sido apenas o teste proposto pelo videomaker.
“Não tem como a gente colocar como teste esses vídeos oficiais, que estavam sendo postados. Isso gerou retorno para ele, foi um trabalho profissional como qualquer outro. O que eu deixei em aberto foi a forma de pagamento. Eu não tinha interesse que me pagassem com dinheiro, mas sim com a participação no sorteio. Nada mudou em relação a isso”, explicou Alessandro.
“Não tem fundamento chamar isso de teste, com a lista de equipamentos que eu levei, com o nível do material. É até uma ofensa como profissional”, disse o profissional para o assessor de Nego Di, que continuou insistindo que o trato feito era para um teste. “Eu não passei no teste, mas os vídeos foram postados, ele ganhou o engajamento. E não me deram nem os créditos pelo trabalho”.
“Eu me senti usado porque o cara já estava com a pretensão de usar esse trabalho alegando que era um teste. E realmente eu me propus a fazer um teste. Mas não oito. E aí a gente não se acertou mais”, contou Alessandro. O assessor de Nego Di entrou em contato com ele afirmando que não havia enganado o videomaker, mas que o influencer não havia gostado do trabalho e que o combinado não era pagar pelos serviços.
“Ele é um cara que está bem financeiramente e que não fez questão de pagar a mim, que sou pai de família com três filhos e profissional de um mercado de trabalho que está parado por causa da pandemia. Em nenhum momento a gente conversou sobre vídeo. Ele me levou de Porto Alegre para São Paulo e não me falou como queria o quadro, como queria a fotografia. Infelizmente, é um cara que acredita que é uma estrela”, disse Alessandro.
Após Alessandro contar em seu Instagram o que havia acontecido, Nego Di entrou em contato com ele. “Dizer para as pessoas que eu não quero te pagar é falta de caráter, até porque eu não estava sabendo de nada. Não seja leviano nas suas alegações. Você está pensando que é quem para ficar me intimando? E se você acha que tem que ir na Justiça cobrar seus direitos, é só ir. Não tenho porque me queimar por mixaria”, escreveu ele.
A assessoria de imprensa de Nego Di foi procurada, mas não respondeu aos contatos da coluna.