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Vídeo: primo de Michelle pede perdão, mas diz que primeira-dama poderia ter feito a diferença

Eduardo D’Castro disse ainda que nunca antes existiu um desentendimento com Michelle Bolsonaro e que não votou em Jair Bolsonaro

atualizado

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Leo Dias Eduardo D'Castro
1 de 1 Leo Dias Eduardo D'Castro - Foto: Reprodução

Eduardo D’Castro, primo de Michelle Bolsonaro, disse que se arrependeu de ter exposto a primeira-dama nas redes sociais. Eduardo fez alguns Stories acusando Michelle de não ter dado assistência à avó deles, Maria Aparecida Firmo Ferreira, 80 anos, que faleceu por Covid-19, em um hospital público de Brasília.

Em entrevista exclusiva, Eduardo contou que sempre teve uma boa relação com Michelle, sempre foi muito bem tratado por todos e chegou a passar o último Natal no Palácio do Planalto com a família do presidente, Jair Bolsonaro.

Eduardo afirmou que não gosta de política, não votou em Jair Bolsonaro na eleição presidencial e não votaria para uma possível reeleição, mesmo ele sendo marido de sua prima. O rapaz pediu perdão a Michelle.

Confira a entrevista completa:

Leo Dias — Eu queria entender qual é o grau de parentesco e como foi a convivência ao longo dos últimos anos entre você e a Michelle Bolsonaro, além da sua família com a dela.

Eduardo D’Castro — Então, eu sou primo de primeiro grau da Michelle, por parte de pai. Nós sempre fomos muito próximos, nós não éramos BFFs (best friends forever) porque ela sempre foi muito na dela, né? Era bem reservada, porém nós tínhamos contato sim e éramos bem próximos.

Até que momento da vida você teve contato com ela?

Então, desde quando ela foi pro Rio de Janeiro, nós tínhamos contato. Eu ainda fui visitá-la no Rio, inclusive, à convite da mesma. O último contato pessoalmente que a gente teve foi em dezembro do ano passado. Ela convidou a gente pra passar o Natal lá no Palácio (do Planalto). A gente não entendeu muito bem o motivo do convite, mas por curiosidade e tudo mais, fora o carinho e consideração que a minha mãe tem por ela, a gente resolveu ir.

E como foi?

Assim, eu juro que me senti um pouco desconfortável, porque a gente vê o Palácio por dentro, todo mundo descontraído, mas ao mesmo tempo sério. No entanto, foi tranquilo. Eu não tive problemas em relação a ela ser primeira-dama ou por causa do presidente ou algo mais.

Mas você nessa data, dentro do Palácio, na residência oficial do presidente, percebeu uma Michelle diferente daquela que você conhecia?

Querendo ou não muda, né?! Eu senti sim uma postura mais séria e um pouco de diferença no comportamento dela. Mas, principalmente, nas minhas primas, as irmãs delas. Elas estavam mais de “nariz em pé”, vamos dizer assim.

Nariz em pé, tipo assim, não fazemos mais parte da mesma classe, é isso?

Não, me receberam muito bem, mas deu essa elevada, deu esse up.

Mas desde esse Natal até agora não houve mais contato?

Não, não houve.

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O rapaz disse que ele nunca tiveram problema antes
Eduardo afirmou que não é oportunista
Segundo Eduardo, Michelle Bolsonaro poderia ter feito a diferença no tratamento da avó
Ele confessou ainda que não votou em Bolsonaro
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Eduardo D'Castro contou sobre a convivência com Michelle Bolsonaro

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O rapaz disse que ele nunca tiveram problema antes

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Eduardo afirmou que não é oportunista

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Segundo Eduardo, Michelle Bolsonaro poderia ter feito a diferença no tratamento da avó

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Ele confessou ainda que não votou em Bolsonaro

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Mas você tentou ter outro contato?

Sim, a minha mãe era muito próxima dela. Minha mãe sempre tentou manter contato por conta das filhas da Michelle, ela gosta muito das sobrinhas, mas era muito difícil. Era bem complicado conseguir comunicação.

Mas por que? Vocês tinham o número de telefone e o número mudou? O contato era só por redes sociais? Como era?

Era por Whatsapp. A minha mãe tinha o número pessoal dela e, às vezes, conseguia conversar, sim. Mas, outras vezes, não. Daí, o número mudava… Então, minha mãe tentava contato através da prima dela e não conseguia. Até que chegou o momento o qual a minha mãe desistiu, e a gente não tentou mais contato.

Como foi a infância de vocês? Conviveram na infância?

Assim, para ser sincero, eu era mais próximo da irmã mais velha dela, mas a gente tinha contato de um frequentar a casa do outro, sim. A gente tinha contato e éramos uma família normal, uma família com problemas e dificuldades, mas nada fora do comum.

No Natal do último ano, como é que foi o seu contato com o presidente?

Foi tranquilo, eu nunca tive problemas com ele. Ele ficava na dele, e eu na minha.

Mas vocês se cumprimentaram?

Sim, eu não vou mentir, Leo, eu sou uma pessoa que fala a verdade. Ele sempre foi muito respeitoso em relação a minha pessoa.

Então, vamos lá, você votou no Jair Bolsonaro?

Olha, eu não gosto de me envolver em política para ser bem sincero. Eu deveria até mudar isso e me posicionar sobre, porém prefiro ficar mais na minha. Então, não. Eu não votei nele nem votei em ninguém.

Você não votou no Bolsonaro?

Não!

Você disse que percebeu uma mudança nela (Michelle Bolsonaro). A partir de que momento isso aconteceu? Foi logo após a eleição?

Da mesma forma que eu comecei a trabalhar na internet e a gente começa dar uma mudada na vida, ela teve uma virada de chave. Nós não podemos esquecer de onde viemos. Sinto que a posição que ela ocupa hoje é uma posição muito alta no nosso país, então, querendo ou não dá uma mudada, né?!

Você na internet é um digital influencer, é isso?

Sim, eu trabalho desde 2014.

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Ele também reclamou que ela não teria feito nenhuma declaração
Maria Aparecida Firmo Ferreira era avó de Michelle
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A publicação feita pelo primo da primeira-dama

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Ele também reclamou que ela não teria feito nenhuma declaração

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Maria Aparecida Firmo Ferreira era avó de Michelle

Daniel Ferreira / Metrópoles
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Raimundo Sampaio/Especial para o Metrópoles
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Divulgação/Twitter
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Dia do casamento de Jair e Michelle Bolsonaro

Então, desde 2014 você trabalha como digital influencer, bem antes da eleição?

Isso, bem antes de eleição!

E o que aconteceu na última semana, eu não sei se você tem essa noção, mas assuntos sobre a primeira-dama raramente são noticiados pelo Palácio, raramente o Palácio emite notas sobre o assunto. Então, se eu não me engano, esta foi a primeira vez que o Palácio emitiu alguma nota sobre a vida de Michelle Bolsonaro. E, nesta nota, o Palácio se referiu à você como alguém oportunista. Como você recebeu essas afirmações?

Olha, eu não concordo. Até porque isso que eu fiz foi um desabafo. E eu juro por Deus que não é oportunismo. Eu falei sobre algo que estava machucando à mim, o meu, a minha família. Então, sim, foi um desabafo e não um ataque à presidência ou à Michelle.

Então você considera errada esta palavra (oportunismo)?

Sim, pois eu não sou oportunista. Eu trabalho com a minha imagem muito antes da eleição e muito antes dela se tornar primeira-dama. Trabalho há muito tempo com isso. Conquistei o meu espaço em Brasília há muito tempo, graças a Deus. Tive ajuda de muitas pessoas, então, não considero isto como oportunismo.

Então, vamos lá, vamos falar sobre a morte da senhora Maria Aparecida Firmo Ferreira, de 80 anos. Como se deu a internação? Quanto tempo ela ficou internada? E em algum momento vocês pediram ajuda à Michelle?

Assim, Leo, o meu pai sempre foi muito próximo da minha avó. Ele sempre ajudou a minha avó. Quando nós recebemos a notícia de que ela estava internada, foi realmente um baque. Mas a gente não tinha muito o que fazer. Nós estamos vivendo um momento de pandemia, um momento de isolamento social e não tínhamos muito o que fazer. A minha mãe se prontificou a ajudar. Qualquer notícia vinda dos médicos, era a minha mãe quem atendia e resolvia. Era a minha mãe quem estava em contato direto com os médicos. Nós éramos proibidos de fazer visitas, pois é protocolo não poder visitar devido à transmissão do vírus. A gente não podia ir ao hospital. O meu pai sofreu muito por não poder ver a mãe.

Ela ficou internada em hospital público?

Isso!

Vocês em nenhum momento pediram ajuda pra primeira-dama? Para sua avó ser atendida em um hospital particular ou algum hospital com melhores condições de atendimento?

Então, nós não pedimos ajuda, pois o contato com a Michelle já era muito difícil. Ela mudou o número, e nós perdemos contato. Não tínhamos tempo para esperar nada. A minha avó tinha que ser internada, ela não tinha tempo para esperar por nada.

Mas você acha que teria feito alguma diferença?

Leo, do fundo do meu coração, eu não tenho raiva da minha prima, mas ela poderia ter dado muito suporte a minha avó, assim como para todos os brasileiros. A minha avó morreu e a gente não sabe se ela teria sobrevivido se algo diferente fosse feito, mas eu acredito que ela poderia ter tido seus últimos momentos com muito mais conforto. Ela poderia ter sido muito melhor atendida. E a gente, como brasileiro, sabe que o atendimento dos hospitais públicos são muito fracos. Sabemos que os médicos fazem de tudo para ajudar, mas é difícil, né?! Eu acho que num hospital particular era teria sido muito melhor atendida!

Eduardo, já foi noticiado que a sua avó, no ano de 1997, foi autuada pela polícia por vender substâncias oriundas da cocaína. Você acha que esta notícia fez com que a Michelle Bolsonaro se afastasse de vocês?

Leo, eu vivi numa família cristã, e a gente aprende a amar ao próximo independentemente de qualquer coisa. A minha avó errou sim, mas a minha avó faz parte da família. Então, ela pagou pelo crime, pelos erros e por todas as suas falhas. Se eu tivesse condições de ajudar a minha avó da mesma forma que a Michelle tem, eu a ajudaria, independentemente de qualquer erro. Independentemente dela ter sido presa, sabe. Ela é a minha avó, é o meu sangue. Eu pensaria no meu pai, né?! Eu tentaria ajudar da melhor forma. A gente não precisa estar abraçando o tempo inteiro pra mostrar carinho e conforto.

O Palácio do Planalto diz que a primeira-dama ficou muito consternada com a morte da avó. Após o falecimento, a Michelle te procurou?

Ela não mandou nada, mas eu fiquei sabendo que ela tentou entrar em contato com a minha tia, a mãe dela. Não sei como foi a conversa, mas sei que elas conversaram. Eu não sei se ela desejou pêsames ou seja lá o que for.

Vocês brigaram antes desta ocasião ou algo assim?

Não, nunca houve nenhum desentendimento entre a gente. A gente sempre foi muito normal um com o outro. Eu nem lembro de brigas quando éramos mais jovens. Ela é uma pessoa boa. Ela já me recebeu na casa dela no Rio De Janeiro. Mas nos colocamos na balança todas as atitudes dela, né?

Se ela te procurar hoje para um diálogo? Você está disposto?

Sim, eu converso, mas depende muito da forma com ela vai vir. Eu sou isso aqui que vocês estão vendo. Eu gaguejo, eu me emociono, eu sorrio, eu faço deboches às vezes. É o que eu sou, eu não vou mudar. Se ela quiser conversar assim, eu super converso, a gente pode sentar. Se ela quiser vir aqui em casa, pode vir, ela sabe que sempre foi muito bem-vinda na casa dos meus pais. Se ela quiser que eu vá a algum lugar, também não tenho problema em relação a isso. Eu não fiz para atacar ou denegrir a imagem dela. Foi um desabafo pessoal para as pessoas que, na época, eram pouquíssimas.

Você já está com assessor de imprensa e está buscando uma conta verificada no instagram. Você quer ser famoso?

Eu sempre quis e isso não está escondido para família nem para os meus amigos. Sempre quis ser da arte, da mídia, dos holofotes, eu fui atrás disso sozinho, porque na época meus pais não gostavam muito. Sou de família evangélica, militar, então, nadei literalmente contra a correnteza, fui o oposto do meu irmão. Já levei muito na cara por ser de família pobre. Mas fui muito atrás e tive anjos aqui em Brasília que me ajudaram. Sou muito grato a essas pessoas. Comecei a frequentar eventos da hight society por mérito próprio.

Você chegou a servir as Forças Armadas?

Não. Fui dispensado, mas também não tive muito interesse. Sou da moda.

Você falou que você não votou no atual presidente Jair Bolsonaro. Agora a pergunta é: e sua família votou nele?

Eu não sei, pois o voto é pessoal. Não sei te responder essa.

Se a eleição fosse hoje novamente, você votaria no atual presidente?

Eu não me meto em política. O voto é obrigatório, mas existem meios de não votar. Prefiro anular ou pagar multa.

Para finalizar, eu queria que você mandasse uma mensagem para Michelle Bolsonaro, já que você está boqueado no instagram dela.

Prima, você me conhece, me viu crescer e sabe que isso não foi para te atacar. Isso foi um desabafo meu, pessoal, uma coisa minha. Todo mundo sabe que ninguém é perfeito. Eu não sou perfeito, tenho falhas, meus pais têm falhas, nossa família tem falhas, você também. Não leve para o coração. Eu não fiz isso para te atacar ou para te denegrir. Eu quero muito que você seja feliz, que as pessoas que convivem com você sejam felizes, da forma que eu busco minha felicidade e a felicidade dos meus pais. Absorva, tente tirar algo de bom disso, da forma que eu estou tentando fazer. Eu espero que Deus continue guiando seu caminho. Que você tenha sabedoria na posição que você está hoje em dia, da forma que, eu, hoje, com tudo o que aconteceu, estou buscando ter sabedoria para gente conseguir levar isso e isso passar e todo mundo ficar bem. Um beijo.

Você quer pedir desculpas a ela?

De certa forma, sim. Porque eu acho que machucou, ela ficou chateada. Da mesma forma que a família ficou chateada, eu fiquei chateado. Está todo mundo chateado. Sim, eu peço desculpas por ter postado isso, por isso ter vazado. Perdão. Não sei se você vai aceitar, mas a gente aprendeu desde pequeno a pedir perdão e a perdoar as pessoas.

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