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Segundo dados da prefeitura de Parintins, o Folclórico de Parintins movimenta cerca de R$ 80 milhões por ano para os moradores do município de Parintins. Em 2019, o festival bateu o recorde no número de visitantes, com o desembarque de 66.321 turistas, conforme levantamento preliminar do Departamento de Estatística da Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur).
Mas, em 2020, com a pandemia de coronavírus, os moradores da região tomaram um baque em seu orçamento. “Muita gente vive do festival. As pessoas trabalham três meses na organização das festas e ganham mais do que os outro nove meses juntos. Todo mundo sentiu muito e tem gente passando necessidade e tendo que se reiventar. Tenho um aderecista que voltou a pintar quadro para sobreviver. Cada um faz o que pode, mas está difícil para todos. Todo ano temos um galpão de alegorias com cerca de 2 mil pessoas trabalhando, entre artistas , aderecistas, figurinistas, ajudantes, soldadores, costureiras, coreógrafos, e etc. Estão todos parados. Só quem segue trabalhando são os de serviço administrativos, porque não podem parar”, conta Carlos Alexandre Ferreira assessor do Boi Caprichoso.
Com isso, além de lives para arrecadar dinheiro e alimentos, os presidentes do Boi Caprichoso e do Boi Garantido transferiram o festival para os dias 6, 7 e 8 de novembro. “Depois de uma reunião com os responsáveis pelos setores de saúde, decidimos que podemos fazer o festival este ano, sim. Ainda não temos informações de como vai ser, se vai ter alguma redução no número de público ou de alegorias, mas vamos fazer. A expectativa de todos é que em setembro tudo volte a abrir normalmente”, diz Carlos.
Reportagem de Monique Arruda