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A repórter Bruna Panza, da equipe Leo Dias, foi até o Pantanal acompanhar a live de Luan Santana, que aconteceu nesse domingo (22/11). De volta à cidade dela, Rio de Janeiro, a jornalista traz um relato do que viu nos dias em que passou ao lado do cantor e da equipe. Confira!
2.085km me distanciavam do Rio de Janeiro ao Pantanal, no Mato Grosso do Sul. Para chegar lá, peguei dois voos até Campo Grande, mais de seis horas de ônibus até Corumbá e outras 20 horas rio acima, até o local exato onde seria gravada a live de Luan Santana.
Durante essas horas, vi de perto os bastidores e o suor (literalmente, já que lá a temperatura pode chegar a 40º C) de uma equipe potente e disposta a “entregar tudo”, como dizem os tuiteiros. Mesmo que não pareça, há muito mais suor que glamour por trás do show business.
O satélite que transmitiria o sinal da live ficou preso no aeroporto, uma logística complicada, pandemia, protocolos, imprevistos… Mas, apesar disso, todos esses obstáculos eram amenizados pela conversa.
Afinal, com 20 horas sem internet, sem sinal de celular e sem bebidas alcoólicas — que só foram liberadas após a live —, o que resta é o bom e velho papo. Com sotaques diferentes, nos ouvimos. Escutei histórias contadas pelo tio que era seu segurança e principal incentivador quando Luan Santana era apenas um “gurizin”. E, claro, falamos sobre a capacidade dele em fugir do óbvio. “Ele não faz nada repetido”, disseram. Mas não apenas isso: para “piorar”, ele já fez quase tudo.
Ouvindo esses relatos, fiquei ainda mais curiosa para ver, de perto, o artista. Sempre digo que artista não é gente. É de outro mundo. Vive em um universo paralelo no qual, às vezes, a convivência é fácil, noutras nem tanto. Mas me sentia pronta.
De “gurizin” a homem
Ao encontrá-lo, Luan estava sentado à mesa com o seu novo affair (sim, aquele que falamos aqui). O clima era de um desconforto delicioso típico de primeiro encontro. Eles não se conheciam, pensei. Bingo! O lance parece conto de novela.
Curtiu 3 fotos, chamou no Direct… Eu sei que você já fez isso. Então, saiba, já tem algo em comum com uma celebridade. Achei, no mínimo, corajoso, dois jovens bem sucedidos toparem um date com tamanha exposição. O clima era familiar, mas os olhares curiosos foram implacáveis. A tia do “cadê os namoradinhos” existe para todos, não é mesmo? E o próximo amor do cantor terá que conquistar, também, a equipe.
O tempo passou para Luan assim como para mim e para você. Encontrei um homem. Educado e carinhoso com todos que estavam ao seu redor. Mas assertivo na exposição do que queria e esperava do seu trabalho e de seus colaboradores naquele momento.
Um misto de “aceito e estou abertos a opiniões” com “sei bem o que quero e como quero”. A educação, que vem de berço, demonstrou que Luan sabe da importância de quem está trabalhando ao seu lado e que grandiosidade nada tem a ver com arrogância ou soberba.
E, por falar nisso, é necessário muita humildade e coragem para falar de um assunto tão sensível como as queimadas no Pantanal. Essa ousadia fez com que o cantor recebesse muitos nãos. Por motivos políticos que até rendem outro texto.
Emoção e lágrimas
No domingo, dia da live, Luan ainda tinha uma agenda longa a ser cumprida com mais gravações de VT, ensaios, entrevistas… O caminho era longo. O sertanejo suava no calor do Pantanal, que garantia uma sensação térmica bem próxima de um “meteoro da paixão”. Houve até um dilema que só deve acontecer mesmo com celebridades: usar ou não fotos suado?
Todo mundo sua e ele seguiu mostrando a realidade. E fez um show inesquecível. Ao fim, um choro em especial me chamou a atenção: seu Amarildo, pai do cantor, não se conteve as lágrimas, apesar de manter discrição. Lembrei, mais uma vez, que Luan é comum (apesar de não gostar do comum). Ele tem uma família, uma história, responsabilidades, amores… Ele mergulha no rio, seja para cantar amores ou defender uma causa.
O glamour da mega -estrutura montada, a aura impecável de um rosto retocado a cada minuto, os holofotes, a luz perfeita, o melhor ângulo… Tudo isso caiu por terra quando o choro e suor me fizeram perceber que, quando a câmera desliga, somos todos excepcionalmente comuns. E, mesmo assim, podemos fazer a diferença.