Compartilhar notícia
Um ano já se passou sem shows devido à pandemia do Covid-19. Mas não se pode dizer que o mundo da música está parado. Em 2020, diversos artistas, desconhecidos do grande público até então, despontaram para o sucesso. Mas, enquanto suas músicas bombam no Spotify, eles não podem se apresentar para os fãs. A coluna conversou com alguns deles para entender esse fenômeno.
Trabalho duro, uma pitada de sorte e a busca do público por novidades parece ter sido a fórmula do sucesso. “Foi uma oportunidade para a galera ouvir coisas novas, mais leves. E o piseiro fala de amor, do cotidiano. Não é uma música clichê. As pessoas se identificam”, comentou Tarcísio do Acordeon. “Tivemos muita delicadeza na escolha das músicas e teve também a mão de Deus para dar tudo certo”, complementou Zé Vaqueiro.
“É uma junção de fatores e de um trabalho constante. Desde que os shows foram interrompidos, não deixei que isso me abatesse e continuei trabalhando de casa. Sempre em busca de novos hits e parcerias”, explicou Vitor Fernandes, que acaba de lançar a faixa Resquícios, um feat com a dupla Maiara & Maraísa. Ou seja, o segredo é mesmo fazer música boa.
“A gente manteve o trabalho durante a pandemia e as pessoas continuaram ouvindo. Com esse tempo em casa, estamos pensando em novos projetos e músicas que façam a gente se aproximar mais dos fãs e que façam o nosso pagode ser ainda mais escutado”, disse Gustavo Goes, percussionista do Menos é Mais, que começou a estourar no final de 2019 e se manteve em alta mesmo sem shows.
E quem está no auge do sucesso agora não tem medo que a moda passe. “Pelo lado musical, esse momento foi bom para lançar novos produtos e renovar. Mas a moda do piseiro não vai passar nem tão cedo. A gente está só esperando a hora certa de voltar a fazer forró”, afirmou Tarcísio. “Embora o mundo da música seja muito dinâmico, eu acredito que o piseiro veio para ficar”, confirmou Vitor.
“O negócio é ter música, falar de amor para o povo escutar. Vamos ter muitos lançamentos daqui para a frente”, garantiu Zé. “A gente está ansioso para a volta aos palcos porque o Menos é Mais vai vir mais forte e com mais músicas. Tenho certeza que o show vai ser bem melhor quando tudo voltar ao normal”, finalizou Gustavo. E o público mal pode esperar para se aglomerar novamente.