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A Polícia Civil concluiu no mês de julho as investigações sobre as circunstâncias da internação involuntária em uma clínica psiquiátrica da escritora Helena Lahis e indiciou seu ex-marido, Paulo Lima, presidente da Universal Music, e os outros envolvidos no caso. Agora, cabe ao Ministério Público do Rio de Janeiro decidir se vai denunciar os acusados e dar início ao processo criminal.
Paulo Lima foi indiciado pelos crimes de sequestro e cárcere privado, com os agravantes da vítima ser sua cônjuge, a internação ter sido em casa de saúde e ter provocado grave sofrimento moral, o que pode resultar em pena de dois a oito anos de prisão. Ele também deve responder por ter invadido o computador e o celular de Helena, para ler mensagens e e-mails dela sem seu consentimento.
Maria Luiza Baumgarten, mãe de Helena, também foi indiciada por sequestro e cárcere privado, com os mesmos agravantes de Paulo, já que ela teria colaborado para a internação da filha. Os médicos Maria Antônia Serra Pinheiro e Leonardo Lessa Telles também devem responder pelos mesmos crimes. A médica foi quem retirou a escritora de casa e assinou o atestado para internação; já o médico a acompanhou durante seu período na clínica.
O médico Silas Ferreira era o plantonista da clínica e foi indiciado por contravenções penais por ter internado Helena sem as formalidades legais à pessoa apresentada como doente mental, o que pode resultar em multa. O médico Gabriel Bronstein, diretor técnico da clínica Espaço CLIF, também foi indiciado por contravenções penais, além de sequestro e cárcere privado e tentativa de fraude processual, que pode resultar em detenção de até dois anos.