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Renata Corrêa, uma das roteiristas que apareceu no vídeo dentro do ofurô em que Marcius Melhen e amigos cantavam músicas debochando do departamento da TV Globo que apura denúncias de assédio, fez um post em seu twitter falando sobre machismo e recebeu duras críticas sobre seu comportamento, visto por muitos internautas como hipocrisia.
“A manifestação fundadora da masculinidade tóxica é a violência contra a mulher. O primeiro passo de se desconstruir é admitindo isso, olhar as mulheres como seres humanos, e não como presas para exploração doméstica, sexual, violência doméstica, estupro, agressão”, postou Renata.
A roteirista e amiga de Melhen, que atualmente é uma das escritoras do quadro Mulheres Fantásticas, do Fantástico, ganhou apelido nas redes de “feminista de Taubaté”, além de ter recebido blocks de seguidores. Muitos responderam a postagem de Renata com o vídeo que a Coluna Leo Dias publicou com exclusividade.
“Lacração de telão tarda mas não falha: na vida real, na aplicação concreta da coisa, não se aplica”, escreveu um seguidor.
“Essas como a Renata são as piores. Vivem de usurpar causas sociais para benefício próprio.
@renatacorrea por que você não fez esses discursinho barato seu na festinha com o Melhem? Não vale nada!”, postou outro seguidor.
“E vc ainda tem a audácia de vir falar sobre masculinidade tóxica?”, escreveu um internauta.
“Renata, sinceramente te acompanho aqui há um tempo e estou esperando que você tenha um posicionamento de acordo com o feminismo que você expressa nas redes. isso aqui foi muito vago. tem a sua carreira em jogo, mas tem a carreira de outras mulheres, como a Dani, que visitou o inferno”, cobrou uma seguidora.
<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”pt” dir=”ltr”>a manifestação fundadora da masculinidade tóxica é a violência contra a mulher. o primeiro passo de se desconstruir é admitindo isso. olhar as mulheres como seres humanos, e não como presas para exploração doméstica, sexual, violência doméstica, estupro, agressão.</p>— Renata Corrêa (@renatacorrea) <a href=”https://twitter.com/renatacorrea/status/1462809641507864579?ref_src=twsrc%5Etfw”>November 22, 2021</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>
Entenda o caso
Em vídeo obtido com exclusividade pela coluna LeoDias, Melhem canta uma música ironizando a situação e diz: “Não adianta ir reclamar no DAA”. DAA é a sigla da área de Desenvolvimento e Acompanhamento Artístico da empresa. Um detalhe chama a atenção: o vídeo foi gravado mais de um ano antes que as denúncias de assédio contra o humorista viessem a público.
Fontes ouvidas pela coluna LeoDias afirmam que o vídeo foi gravado em 15 de outubro de 2018, dias depois da promoção de Melhem ao cargo de responsável pelos programas de humor da Globo. Num coro muito animado, o novo todo-poderoso canta com o grupo de amigos: “Não tem compliance lá, não adianta reclamar no DAA”. Além da clara menção ao departamento relacionado à relação com artistas, a música também cita o compliance, que é justamente o processo responsável por garantir que uma empresa cumpra e observe a legislação a qual está submetida, além de garantir a aplicação de princípios éticos nas tomadas de decisões e a preservação da integridade física dos colaboradores.
Nas imagens, aparecem dentro do ofurô, ao lado de Melhem: o cantor Leoni, Léo Lanna (roteirista), Luciana Fregolente (roteirista e atriz), Célio (roteirista), Verônica Debom (atriz e roteirista), Luiza Yabrudi (roteirista), Diego Tavares (roteirista), Renata Corrêa (roteirista). Tata Lopes (atriz e roteirista), Aldo Perrota (ator), Juca Filho (roteirista), Renata Andrade (roteirista), Paula Rocha (roteirista) são vistos fora da banheira. A grande maioria tinha vínculo com o departamento comandado por Melhem na emissora carioca.
Denúncias contra Melhen
As denúncias de assédio contra o então coordenador do Departamento de Humor da TV Globo, Marcius Melhem, foram trazidas a público pela coluna Leo Dias, em 26 de dezembro de 2019. Na época, várias atrizes ligadas ao núcleo comandado por Melhem acusavam o chefe de assédio moral. Marcius Melhem deixou a Globo em agosto de 2020, depois de se afastar de suas funções por cinco meses. Apesar de todas as denúncias que já pesavam contra o artista, a saída dele da emissora foi amigável.
Quatro meses depois, em dezembro de 2020, a Piauí publicou a reportagem “O que mais você quer, filha, para calar a boca?”, que denunciava Melhem por assédio sexual. O texto, assinado pelo jornalista João Batista Jr, também reportava a queda do humorista e criticava o silêncio da Globo.
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