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Apesar de Juliette Freire chegar à final do BBB21 como a grande favorita, Camilla de Lucas e Fiuk também tem suas torcidas. O analista psicocomportamental Ricardo Ventura, do canal Não Minta Pra Mim, comentou a trajetória dos brothers durante estes 100 dias de confinamento na casa mais vigiada do Brasil e suas chances de vencer.
Juliette
“A Juliette fez a jornada do herói: se vitimizou e deu a volta por cima. Além disso, ela soube usar assuntos específicos para cada pessoa. Com um, ela falava de ideologia, que tinha um irmão gay. Com outro, falava de acolhimento. Com outro, cantava. Para cada grupo, tinha um assunto. Ela é muito inteligente e perspicaz”, comentou Ricardo.
Para ele, Juliette soube jogar muito bem com os espectadores. “Ela foi o primeiro saco de pancadas da Karol Conká e conseguiu ressignificar, teve uma resiliência absurda. Falou com o público chorando para externalizar seus pensamentos, dizendo: estão me machucando, não aguento mais ser excluída.”
“Isso traz uma simpatia enorme com o público. É aquilo: os humilhados serão exaltados. Ela trouxe o arquétipo da mulher sofrida, mas que conseguiu vencer. Além disso, ela tem muitos atributos e a população percebeu isso. Mas ela é uma grande jogadora. Se as pessoas quiserem votar na melhor jogadora, é a Juliette”, afirmou o psicanalista.
Camilla de Lucas
“Camilla é uma pessoa que é articulada por ser youtuber, ela tem essa comunicação com o público. Durante o jogo, ela me pareceu extremamente sensata, ou seja, não participou daqueles grupos que disseminavam ali ideologias. Ela foi ela”, pontuou.
Para ele, a influenciadora deu uma escorregada na questão do João e Rodolffo e teve seu auge na briga que protagonizou com Karol Conká.
“Enfim, eu vejo a Camilla como alguém que mereceu e nunca fugiu de briga. Ela não era tão atuante no jogo, não era o personagem principal, era um personagem secundário. Então é assim que eu a vejo: como um personagem secundário que nunca se envolveu em muita treta mas nunca fugiu delas. Ela sempre teve o seu posicionamento do início ao fim ali”, esclareceu.
Fiuk
“O Fiuk foi quem mais incorporou um personagem. Ele, inclusive, teve uma preparação antes do BBB, com aulas para que soubesse dialogar com as pautas e ficar ao lado daquilo que acreditava que seria o lado do público. Mas com certeza ele não leva o BBB. Está ali só para cumprir tabela. É o terceiro elemento”, garante Ricardo.
Grande parte dos espectadores, inclusive, reclamou que não queria ver o cantor na final. “Ele fez as vezes de planta. Nunca aparecia, não se envolveu em nenhum tema contundente, não teve argumentação nem contradição. Muitas vezes, a planta chega na final porque as pessoas não votam porque ela é fraca.”
“Os espectadores estão ficando cada vez mais exigentes com os personagens do BBB, com os jogadores. Não basta não entrar em intriga e não polarizar. Tem que ter um posicionamento, que o Fiuk não teve no programa inteiro. Ele não tem atributos para o público gostar do desempenho no BBB”, afirmou o analista.