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O psicólogo e Master Trainer em PNL, Francesco Pellegatta, conversou com uma das primeiras repórteres trans da televisão, Lisa Gomes, repórter do TV Fama. Durante uma live no Instagram, nessa terça-feira (13/4), Lisa contou que a “Rede TV foi essencial no processo de transição na imagem” e fez duras críticas à falta de oportunidades para o público LGBTQIA+.
Lisa Gomes contou sobre sua trajetória no meio da comunicação, que começou com um trabalho em eventos com sua personagem, Lisa Crazy, como drag queen. “Essa personagem foi extremamente importante para a minha profissão. Foi assim que surgiu a primeira oportunidade de trabalhar com comunicação. Quando comecei com os eventos, conheci o Junior que me ofereceu uma vaga de repórter para o site de LGBTQIA+ e, com ele, trabalhei durante 7 anos”, contou.
“Na época, comecei a fazer matérias, eventos e coberturas. Me apaixonei pela profissão. Eu brinco que a reportagem me encontrou, me abraçou. E foi quando percebi que precisava me profissionalizar. Entrei na faculdade e fui em busca de novas oportunidades”.
Grande chance
Há oito anos, Lisa ligou para a Rede TV, se oferecendo para o trabalho de repórter. Cinco dias depois, recebeu o “sim” para a oportunidade. “Comecei como uma web drag e fui me desconstruindo. O diretor me chamou para conversar e falou que queria uma mulher trans para fazer matérias policiais, de saúde e entretenimento. A Rede TV foi essencial no processo de transição da drag para a trans e, aos poucos, fui desmontando a personagem drag queen e começando a trabalhar na minha imagem como mulher”, comentou. Lisa começou como repórter drag da Rede TV e passou pelos programas de João Kléber e Sônia Abrão, até se fixar no TV Fama.
A repórter aproveitou para comentar sobre a falta de abertura das empresas para mulheres trans e toda a comunidade LGBTQIA+. “Faltam muitas oportunidade nas empresas. Eles têm um pensamento de que, se contratar uma trans ou drag, a empresa vai virar de ponta cabeça. E com essa falta de oportunidade, a solução é a prostituição. Ninguém vai atrás dessa vida por opção, claro que existem as que gostam, assim como muitas mulheres e tudo bem, mas a maioria procura esse meio para sobreviver”, comentou.