Rabino sobre casamento de Eduardo Costa: “Judeus não casam aos sábados”
Eduardo se declarou judeu em entrevista à coluna LeoDias, e, na tarde de sábado (8/4), se casou em uma cerimônia judaica
atualizado
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Após Eduardo Costa subir ao altar com um quipá, pequeno chapéu usado pelos judeus, como símbolo do judaísmo e sinal de respeito e reverência a Deus, e se declarar judeu, a coluna LeoDias conversou um rabino da comunidade judaica Beit Chabad de Belo Horizonte para entender como funcionam as cerimônias de casamentos judaicos.
O cantor e a empresária Mariana Polastreli se casaram na fazenda na tarde de sábado, porém segundo o chefe religioso, no judaísmo não se realiza casamento aos sábados de dia.
“Judeus não se casam aos sábados de dia, só depois do anoitecer, quando termina o dia. Também tem a questão do casamento ecumênico que é um pouco controverso e não são todas as correntes que aceitam”, declarou o rabino, que preferiu não se identificar.
Questionado sobre o tempo que leva a realização do processo de conversão para a religião, o rabino afirmou que o tempo de conversão depende de cada pessoa, pois é necessário ser aprovado em uma prova, e para que isso é preciso estudar bastante a doutrina.
“O processo de conversão não tem um tempo fixo que demora, depende muito do preparo que a pessoa já teve no decorrer da vida, se a pessoa já tem o conhecimento e aí resolve fazer o processo de conversão é uma coisa, se a pessoa começa no zero é outra, então não temos como saber de fora se ele se converteu ou não pelo prazo de tempo, porque tem uma prova que a pessoa precisa passar, não dá para saber em quanto tempo ele estudou”, explicou.
Segundo informações obtidas pela coluna LeoDias, em Belo Horizonte (MG), onde Eduardo Costa reside, possui apenas duas comunidades judaicas, uma ortodoxa e outra reformista, porém fontes confirmam que mesmo sendo comunidades pequenas, nunca ouviram falar ou viram o cantor frequentar.
Entenda o processo de conversão
A primeira forma de ser judeu é ter nascido de uma mãe judia, o que não é o caso do sertanejo. A outra maneira de se converter a religião, é somente seguindo as condições da halachá, conjunto de normas e leis que servem como guia, incluindo circuncisão (para o homem), imersão no micvê casher, ritual da comunidade judaica, e a aceitação de todos os mandamentos da Torá, o livro sagrado.
Outra condição haláchica: a conversão deve ser supervisionada por um Bet Din (Tribunal Rabínico) composto por eruditos, que se sujeitam à autoridade Divina da Halachá e a seguem em suas vidas cotidianas.
Seguindo todos os critérios citados no parágrafo anterior, qualquer não-judeu, pode se tornar um judeu, desde que seja sincero com o seu compromisso e o Bet Din estiver convencido de sua sinceridade.
O processo da conversão ao judaísmo é demorado, depende do tempo de estudo e determinação de cada pessoa.
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