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O apresentador Benjamim Back conversou com a coluna a respeito da fusão entre Fox Sports e ESPN/Brasil. Sobre a compra, o comentarista afirmou que nada que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) acordou sobre a venda foi feito e, ainda, explicou que sua saída do canal esportivo se deu pelo fato dele não querer entregar a carreira nas mãos da Disney, que comprou o canal e solicitou exclusividade para a permanência dele.
“Tudo que o Cade falou a respeito da fusão, não aconteceu nada, né? É totalmente diferente! Mas, falei que estou saindo porque me foi imposta uma condição de exclusividade em todas as plataformas (rádio, TV, YouTube, podcast, jornal e blog) e falei que não posso entregar minha vida profissional inteira na mão deles sem sequer ter uma remuneração a mais por isso. Outras pessoas também saíram. Não tem segredo, o negócio está escancarado”, afirmou. “O canal vai continuar, mas enfraquecido, esvaziado, só para falar que tem algo no ar”, completou o jornalista.
Em maio deste ano, o Cade aprovou a compra da Twenty-First Century Fox pela The Walt Disney Company, no Brasil. A discussão do caso já se estendia há mais de um ano e tinha como entrave a coexistência de dois canais esportivos no mesmo grupo, o que, na visão do Cade, poderia acarretar em problemas concorrenciais e de concentração de mercado: o Fox Sports, da Fox, e a ESPN, de propriedade da Disney.
Apesar da aprovação, o grupo teria que cumprir premissas para evitar problemas concorrenciais. De acordo com o órgão fiscalizador, a companhia se comprometeu em manter a programação da Fox Sports no ar até janeiro de 2022. Durante esse período, a companhia manteria no canal as transmissões da Libertadores da América e de outros torneios que façam parte da grade da emissora esportiva. Mas, segundo informações enviadas à coluna, o que acontece, hoje, na Fox Sports é o contrário e as demissões já começaram a ser postas na mesa.