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Nunca se viu algo igual na história da TV brasileira. Contratada pela Record desde 2015, Xuxa apareceu muito mais na tela da arquirrival Globo, em 2020, do que na emissora que paga seu robusto salário.
Vamos listar? Conversa com Bial, Lady Night (que vai ao ar nesta terça), Cartas para Eva (da Angélica na GloboPlay), Altas Horas e, hoje, Fantástico.
O que mais se ouve é: “Tá na cara que a Xuxa vai voltar pra Globo”. Eu, particularmente, interpreto de outra maneira. Pra mim, significa um pedido de desculpas da Globo por tudo o que fez com a Xuxa logo após a saída da emissora.
A Globo cresceu com a mentalidade do monopólio e de simplesmente ignorar tudo o que não tiver o selo “global”. Mas o mundo mudou. E a Globo demorou a entender que não adianta fingir que a Xuxa não existe.
Quando Xuxa desfilou na Grande Rio, homenageando Ivete Sangalo, as câmeras se abaixaram pra não filmar a Rainha. Ali, a Globo estava ignorando a própria história e mostrando como se prende a valores tão pequenos.
Mas 2020 chegou! E mudou tudo! A emissora parou de ignorar o YouTube e percebeu que a Xuxa é Xuxa com ou sem a Globo. Viu? A pandemia teve efeitos positivos, sim. Pouquíssimos. Mas teve.
Por conta da pandemia, o excelente programa de Xuxa, o Dancing Brasil foi suspenso. A Record nem quis exibir os melhores momentos do melhor programa de auditório… Vai entender. E Xuxa ficou ociosa.
E a Record se mostrou uma emissora madura. Ela atendeu pedidos de Xuxa. Aliás, que fique bem claro, o convite é da Globo mas quem pede à Record é a Xuxa. A marca de Xuxa agrega um enorme valor à Record e isso vale muito.
Desde o primeiro sim que deu à Globo, a Record recebeu mais de 20 pedidos.
Há duas grandes conclusões desse novo momento. Uma: a Globo desceu do palco. E a segunda: a Record faz tudo o que a Xuxa pede. E merece.
Seu futuro ainda é indefinido. Seu contrato termina em dezembro, e a Record deve fazer a proposta de permanência na emissora nos próximos dias.
Já a Globo tem como princípios não assediar artistas com contratos vigentes.