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Acusado de ter internado sua ex-mulher, Helena Lahis, à força em uma clínica psiquiátrica, Paulo Lima, presidente da Universal Music, entrou com um processo contra ela por danos morais. Segundo ele, a escritora estaria em uma “vingança privada” para manchar sua imagem através do linchamento público nas redes sociais. Ela foi proibida de falar sobre o caso.
Paulo diz que uma psiquiatra, amiga do casal, diagnosticou Helena com transtorno bipolar e recomendou a internação, já que ela estava tendo comportamentos estranhos e não reconhecia que estava com problemas. Além desta, outros médicos também apontaram a mesma doença, que teria sido desencadeada pelo uso de remédios estimulantes para emagrecer.
Em depoimento no processo criminal por cárcere privado, Paulo declarou que Helena teve dois episódios de transtornos mentais ao longo de 28 anos de relacionamento. No ano 2000, ela teria tido depressão química pós-parto, após o nascimento da primeira filha, e se tratado com lítio. Dois anos depois, ela teria tido outro episódio de aparente alteração psicológica por usar remédios para emagrecer, quando pediu o divórcio pela primeira vez.
Segundo Paulo, em 2019, ele começou a perceber comportamentos “estranhos” de Helena, tais como escrever contos eróticos, passar muitas horas trancada no quarto escrevendo, conversar por muito tempo no WhatsApp e se distanciar das filhas. Ele diz que ficou sem chão com o pedido de divórcio e que a escritora pediu que ele não contasse sobre a decisão para a família porque ela estava em processo de partilha após a morte do pai.
Paulo descobriu que Helena estava tendo um caso com Alexandre Barreto ao ler emails em seu iPad, que estava conectado com a conta dela. Ele diz que eram mensagens íntimas, com menções “ao uso de álcool, drogas, terminologias do espiritismo e a matá-lo” e ali percebeu que ela estava com problemas, pois não reconheceu o seu comportamento, por isso mostrou as conversas para a sogra, Maria Luiza Baumgarten.
“No dia 18/10/2019, Helena entrou em casa completamente surtada e começou a me ofender, me chamou de filho da puta e disse que acabei com a vida dela. Ela exigiu que eu aumentasse o pró-labore da empresa para que ela pudesse alugar um apartamento”, afirmou Paulo em depoimento. A briga entre o casal teria sido testemunhada pela filha mais velha deles, que pediu que a mãe não ofendesse o pai.
Dois dias depois, Paulo procurou Maria Antonia Serra Pinheiro, amiga do casal e psiquiatra, para relatar o que estava acontecendo. A médica teria concluído a partir do relato dele, da troca de mensagens de Helena com o amante e da receita de um remédio para emagrecer que a escritora estaria sofrendo de transtorno bipolar e precisaria ir para uma clínica para avaliação. Lá, o Dr. Leonardo Lessa fez o diagnóstico da doença.
Após Helena deixar a clínica por decisão judicial, Paulo diz que ela continuou tendo comportamentos estranhos, como deixar a filha de 14 anos trancada para fora de casa por três horas. Além disso, segundo ele, a escritora também teria expulsado a filha mais velha de casa durante um surto por medo do que ela diria em seu depoimento no processo criminal e depois agiu como se nada tivesse acontecido.