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Eduardo Costa nasceu para a indústria musical graças à pirataria de CDs no final dos anos 1990. Ele gravou um CD e um charlatão colocou a imagem de Zezé Di Camargo para vender. O trabalho explodiu nos puteiros, porta-malas de carros e nos ambientes mais populares do país.
Ele é fruto do campo, da pobreza, e tem uma enorme falta de bom senso. Ele é absolutamente infeliz nas palavras. No dia que eu fui à casa dele, ele me recebeu da seguinte maneira: “Tem cocaína aí, quer?”. Meu silêncio respondeu, até porque sabia que ele não usa droga.
O resultado da live do “Cabaré” foi um caos. Ele chorou, ameaçou abandonar a carreira e até cancelou a live seguinte. Famoso pelo romantismo, ele escolheu o Dia dos Namorados para cantar. Ele queria que o foco fosse a música, e não ele.
Eduardo Costa, que sonha em ser ator de Hollywood (acredite), apareceu de dreads nos cabelos para parecer sei lá o quê. Inspiração no cinema, fato. Foram 80% de sucessos próprios, audiência dentro da expectativas, primeiro lugar no Twitter e seis grandes empresas patrocinando.
Resultado super positivo. Correto? Mais ou menos. A Coluna Leo Dias adora suas asneiras, suas bizarrices e seu linguajar. Eduardo fala a língua do Brasil. Ele fala a língua dos botecos. E isso acaba sendo divertido.
Na live, Eduardo Costa era outro. Falou pouco, cantou pouco e limitou-se a contar histórias publicáveis de seus relacionamentos. Eduardo não foi Eduardo. Vale criticar algo: há uma clara busca na imprensa por notícias polêmicas e que não foca na música, mas o sucesso da pessoa, deve-se a ela.
Numa sociedade politicamente correta, Eduardo está fora das pautas. Mas quem sou eu para criticar alguém que é politicamente incorreto? Tudo tem limite. Eduardo (e eu) precisamos só de um limite.