Piseiro é forró? Vitor Fernandes e Tarcísio do Acordeon explicam
Expoentes do gênero, artistas se apresentaram em show aberto ao público no Mercadão Municipal de SP
atualizado
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Um evento promovido no Mercadão Municipal de São Paulo, nessa terça-feira (19/4), reuniu Tarcísio do Acordeon, Vitor Fernandes e João Gomes, três grandes destaque do piseiro (gênero musical derivado do forró), para um show aberto ao público. A celebração marcou uma prévia na retomada das festas de São João, paralisadas desde 2020 em decorrência da pandemia.
A coluna LeoDias marcou presença no local com a repórter Bárbara Martinez. Na conversa com os “reis do piseiro”, descobrimos uma agenda de shows absurdamente lotada. São cerca de 40 apresentações mensais. Vitor Fernandes, que atualmente movimenta cerca de 2 milhões de seguidores no Instagram, comentou sobre a intensa carga de trabalho com gratificação.
“Depois de dois anos parados, sem poder fazer show, voltando agora nesse momento abençoado por Deus e querendo entrar mais show ainda”, disse ele. Tarcísio também afirma estar “no gás” para o que vem pela frente. “A preparação foram três anos parados e agora a gente tem que aproveitar o momento e agradecer a Deus pelo o que está acontecendo em nossas vidas. Já falei pros meninos que se colocarem 50 (shows), eu tô pronto”, disse.
Piseiro e forró são a mesma coisa?
Para Tarcísio Do Acordeon, natural de Campos Sales, no Ceará, o piseiro é, sim, forró, e muito mais que isso, trata-se de um movimento. “O piseiro é um cara no teclado. Surgiu de várias bandas de forró, com quem não tinha condições de montar uma banda”, explicou o artista de 28 anos.
“Eu, por exemplo, não tive condições de colocar uma bateria e coloquei um teclado, mas na minha visão o piseiro não deixa de ser um forró. A gente hoje tem toda a bagagem do forró, tem a sanfona, que são as músicas de vaquejada que fala sobre o sertão, fala do Nordeste. Tem que chegar nas pessoas e falar que as coisas mudam e elas tÊm que aceitar isso porque para geração que tá vindo agora é muito mais fácil colocar na cabeça que isso é forró do que pra galera mais velha”, pontou Tarcísio sobre a renovação deste meio musical, que por sinal teve início com a sanfona e o triângulo e depois a introdução da bateria.
Vitor Fernandes também foi taxativo sobre a evolução do gênero. “Renovar a história sem perder a essência que tem que estar sempre renovando e se atualizando, não só a música, mas tudo que você for fazer. A gente tem que andar de acordo com o mercado, se o mercado mudar, a gente vai mudar junto com o mercado”, concluiu.
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