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Quando a internet “era mato”, Laura Brito começava a dar seus passos como influenciadora digital, nomenclatura que, lá em 2012, nem existia. À época, ainda que intuitivamente Brito, já sabia que, para criar uma comunidade forte e ser manter nesse novo mercado precisava gerar conteúdo de valor e assim o fez.
Em seu canal no YouTube, a influenciadora dava dicas de customização. Hoje, a pernambucana conta com mais de cinco milhões de seguidores no Instagram, quatro milhões no YouTube e dois milhões no TikTok.
O sucesso foi tanto que ela teve que escolher entre a faculdade de Arquitetura e sua nova profissão. Confira uma entrevista na qual ela fala sobre passado, escolhas, carreiras, dicas de como ingressar no mercado da influência e BBB21!
Antes do Big Brother começar, seu nome “pipocou” entre os cotados. Você participaria do reality? Já chegou a receber algum convite?
Eu participaria sim! Com certeza minha participação seria bem intensa e engraçada. Iria revolucionar os looks e makes em todas as festas, risos. Para participar do reality em si não recebi convites, mas já fui convidada por dois anos a conhecer a casa antes de todo mundo no BBBXP.
No BBB, Juliette sofreu xenofobia. Você já sofreu algum tipo de preconceito?
Já sim. Meu nicho de trabalho é moda e beleza. Nós nordestinos ainda enfrentamos algumas barreiras, sobretudo nessa área de influência. Sofremos com a estereotipagem de que não somos elegantes, que nosso sotaque não é ideal para campanhas, entre outras coisas. Aos poucos estamos quebrando esses paradigmas, mostrando através da nossa força e talento que também podemos estar em grandes campanhas de moda e beleza, e o quanto nossa imagem é acolhedora e representativa para tantos brasileiros.
Como foi o início da sua carreira na internet?
Comecei em 2013, quando criei o canal Laura Inspira, no qual ensinava a transformar peças do meu guarda-roupa em novos looks. Os vídeos foram começando a ganhar destaque e o que mais bombou foi um em que transformei um short de academia em top cropped. Depois, percebi a importância de sempre inovar o conteúdo e abri meu leque, falando também sobre maquiagem, decoração e outros temas. Aí veio o segundo grande boom do canal, quando gravei um tutorial de make, inspirado em um de outra influenciadora. Eu não tinha muito conhecimento sobre maquiagem, então ficou super espontâneo. A partir daí, minhas redes começaram a crescer e fui expandindo cada vez mais os conteúdos, entendendo como cada público de cada rede social respondia e produzindo formatos variados para elas.
Quais são seus maiores projetos e sonhos para 2021?
Tenho alguns projetos pessoais e profissionais em andamento para 2021, mas ainda não posso compartilhar muito sobre eles. Acredito que o maior sonho de todo o mundo, é que a vacinação em massa aconteça e que a pandemia seja contida. Estamos em um momento muito delicado, em que a conscientização das pessoas e a proteção é essencial.
Qual conselho você daria para quem está começando ou pensando a seguir carreira na internet?
Continuem persistindo nesse sonho. Nem sempre o caminho é fácil, mas você precisa acreditar em você em primeiro lugar, assim tudo vai fluindo. A segunda dica é para escolher o foco naquilo em que você gosta e sente segurança em falar.
Qual foi sua maior conquista profissional e pessoal?
Minha maior conquista profissional foi ser chamada para contribuir no trabalho que o Criança Esperança realiza. Cresci assistindo esse projeto e é uma honra poder ajudar de alguma forma a mudar tantas histórias. Já a minha maior conquista pessoal, é poder trabalhar com o que eu amo e, através dele, poder ajudar a mudar a realidade da minha família.
Com a pandemia, as prioridades mudaram e o olhar do mercado também. Como você enxerga esse novo momento do mercado da influência?
O mercado já vinha despertando os olhos para os influenciadores. Com a pandemia e a ascensão da internet como uma das principais formas de entretenimento durante esse período, foi um casamento perfeito. Hoje, as redes sociais estão presentes em boa parte do dia das pessoas e é preciso que as marcas entendam isso e falem a língua de seus consumidores, para que assim os mantenham, além de conquistar novos usuários de seus produtos também.