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Ludmilla acaba de gravar projeto audiovisual do EP de pagode, chamado Numanice, no alto do Bondinho Pão de Açúcar, na Zona Sul do Rio. Para isso, ela desembolsou mais de R$ 100 mil, já que além do aluguel do espaço, Lud também fez uma megaprodução, montando palco em um local privilegiado, com o Rio de Janeiro ao fundo.
Por conta da pandemia, a gravação não foi aberta ao público e ninguém da produção podia tirar foto ou filmar o palco. Lud estava bem feliz e realizada em fazer este projeto, que, segundo ela, era um grande sonho profissional.
Mas, por que ela está investindo alto em um ritmo que tem outro público? No funk, os cantores têm vida curta. É difícil vermos um funkeiro velho que ainda faça sucesso. Já no pagode, é diferente. Quanto mais tempo de estrada, mais respeitado é o pagodeiro. É o caso do Belo, Thiaguinho, Alexandre Pires, Bruno Cardoso, Raça Negra, Arlindo Cruz, Fundo de Quintal, Péricles. Todos têm décadas de sucesso e seguem lotando shows.
Uma música quando faz sucesso no pagode, ela realmente fica. Já o funk vai sendo esquecido ao passar do tempo. Pare para pensar: você conhece algum funkeiro que siga lotando shows depois de 10 anos de carreira?
Outra questão que fez Lud trilhar o caminho do pagode foi o sucesso estrondoso do projeto de Thiaguinho, a Tardezinha, que durante anos rodou o Brasil com roda de samba. Lud inclusive participou de muitas. A Tardezinha, claro, trouxe muito dinheiro para Thiaguinho.
Com o Numanice, a ideia de Lud é cantar pagode aos domingos e também rodar o país. Ela seguirá com seu show de funk durante a semana e quer deixar a agenda aberta para as rodas de samba. Sucesso, Lud! A coluna sempre torce por você!