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Foram oito meses de relacionamento entre Letícia Mariane e o pastor e deputado federal Abílio Santana (PL-BA). Segundo a esteticista, o caso aconteceu em 2012, quando ela era assessora dele e quem o acompanhava durante os cultos que Abílio fazia em São Paulo.
“Ele é Pastor Presidente da Assembleia de Deus de Salvador, mas viaja o mundo fazendo palestras e cultos. Quando ele vinha para São Paulo eu que o acompanhava. Tivemos um relacionamento amoroso, mas nunca soube que ele era casado. Na minha cabeça nunca passou que um pastor iria ter uma amante. Mas a coisa foi ficando séria e eu engravidei. Quando dei a notícia a ele, tive o primeiro choque: ele sugeriu fazer um aborto. Não com essas palavras diretamente, mas deixou subentendido ao me oferecer dinheiro para que eu resolvesse o problema”.
A pequena Esther hoje tem sete anos e não consta o sobrenome nem o nome do pai na certidão: “Já me dispus varias vezes a fazer o DNA, mas ele foge, diz que não é obrigado. No entanto, ele vê a filha quando vem a São Paulo e até diz para nossos amigos em comum da Igreja que é filha dele. Mas o negócio muda de figura quando está na justiça ou em locais públicos. Outro dia fui levá-la ao aeroporto para vê-lo e ele a tratou com muita frieza. Ela ficou arrasada, porque apesar de tudo sabe que é o pai dela e sofre”.
Letícia conta que, apesar de não querer registrar, Abílio Santana dá mensalmente uma ajuda de 3 mil reais. “Sei que isso é muito menos do que a justiça o obrigaria a dar. Mas não quero só dinheiro. Quero dignidade de a minha filha ter um pai. É muita hipocrisia ele postar em redes sociais que é a favor de família, contra o aborto e não querer registrar a própria filha. Já entrei na justiça várias vezes, mas como ele é político e bem influente na Igreja, não consegui nada concreto ainda. Além de Esther, ele tem mais três filhos, porém só a minha que ele não considera”, disse a mãe na criança.
Procurado, o deputado federal Abílio Santana tinha acabado de passar por uma cirurgia e o filho, Misael, atendeu as ligações. Ele disse que desconhecia o caso e que o pai não poderia falar sobre o assunto. Esperamos alguns dias para que o deputado Abílio se recuperasse e se explicasse, mas o filho não atendeu mais as ligações. A Coluna segue aberta para dar o direito de resposta ao deputado Abílio.