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O documentário original Globoplay sobre a participação traumática da rapper Karol Conká no BBB21 chegou à plataforma de streaming nesta quinta-feira (29/4) e está dando o que falar. Entre alguns comentários positivos e vários negativos na web, o público segue temeroso sobre o que pensar a respeito da cantora. A coluna conversou com gestores de imagem para saber se a estratégia da Globo junto à Conká surtirá efeito no decorrer da carreira da ex-sister.
O empresário e assessor de imprensa Marcos Moraes, CEO da MM Estratégia de Imagem, defende a importância da produção deste material, mas ao mesmo tempo enxerga que é um passo arriscado no momento. “É uma oportunidade para que a artista possa se retratar, caso esteja realmente arrependida das suas atitudes. Mas pode ser que o documentário não faça com que o público mude a visão em relação à cantora. Acredito que essa mudança de imagem da Karol Conká pode e deve levar um certo tempo, porque aconteceram coisas muito sérias dentro do reality show”, pontuou.
“O documentário A Vida Depois do Tombo é visto como a ponta do iceberg para a grande maioria do público. Conká perdeu patrocinadores, investidores e demitiu funcionários devido ao prejuízo que o BBB21 lhe trouxe. Tudo o que acontecer em relação à imagem da cantora deve ser calculado. A mudança de imagem é possível sim, mas na minha visão pode levar alguns anos pra acontecer. O documentário deve ser somente o início de todo um trabalho de gestão de imagem”, concluiu Marcos.
Fabiano de Abreu Rodrigues, CEO da MF Press Global, agência internacional de personalidades da mídia, afirma que a produção do documentário trará dinheiro apenas à Globo. “Para a Globo é bom, para ela não. Na realidade a Karol Conká é o que é. Todos já criaram uma imagem negativa dela e, para limpar, exige não só tempo, como também comportamentos que possam condizer com uma mudança. O problema é que a artista nunca foi como uma cantora famosa, que pudesse abafar com boas músicas. Nem sei se ela ainda é cantora. Se fosse uma cantora muito famosa dificilmente estaria no BBB. Além de assessor sou psicólogo também. Ter um desafio tão grande como cuidar da imagem da Karol implica em conhecê-la para saber até que ponto ela estaria disposta a mudar e paciência para esperar”, disse.
“Como profissional na área da saúde mental, acredito que ela precisava de um tratamento para passar por sessões que pudessem ajudá-la não só na carreira profissional, mas como pessoa”, completou Fabiano Rodrigues.
Já para Ricardo Leonavicius, proprietário da RL Assessoria, a emissora acertou em colocar o documentário A Vida Depois do Tombo no ar antes do fim do Big Brother Brasil, porque muitas conclusões poderiam ter sido tomadas e jamais discutidas após a atração de Tiago Leifert acabar. “Karol errou dentro do programa enquanto participante do BBB. Ela errou com o Lucas e outros nomes, mas merece uma segunda chance. Ela sempre foi respeitada enquanto artista e teve muitos fãs. Karol segue tendo fãs mesmo depois do reality show, então acredito que a Globo acertou no momento, pois todos ainda estão comentando sobre o programa. Se surtirá efeito não sei, mas é um começo para que nós possamos ouvi-la”, disse.