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A Globo passa por processo de deterioração da imagem por questões políticas que, consequentemente, refletem-se na imagem de seus artistas. Provas de que a emissora está ciente de que precisa “suavizar” sua imagem e parecer um canal mais leve e, principalmente, isenta, foram diversas campanhas institucionais para limpar a imagem. No início do ano, Bonner leu um texto no Jornal Nacional, e um dos trechos dizia: “Quem emociona, quem diverte, quem informa, quem anuncia, quem aparece na Globo aparece bem”.
O vídeo foi publicado até no YouTube, plataforma que a emissora ignorava até então — mais uma prova de que ela entendeu que seu monopólio acabou há algum tempo. Mas o texto foi um desastre. Nada menos do que um terço das pessoas que assistiram não gostaram.
Outro grande problema do Caldeirão do Huck foi o assistencialismo, algo mais do que ultrapassado na TV. E Mion nada tem a ver com isso. Graças a Deus.
Há poucas figuras unânimes na Globo. Pouquíssimas. Faustão talvez fosse o último. Tiago Leifert tem um enorme mérito, mas apesar de apresentar um reality show, ainda carrega consigo um tom elitista, por conta da sua origem (não entenda isso como uma crítica).
Mion tem tudo o que a Globo não tinha. Ele carrega consigo uma juventude eterna, fruto de anos na MTV. Mion não envelhece, é amado pelos jovens, fala a língua deles, não é um personagem, ele é ele.
Nem deveria entrar na questão do filho do Mion, mas ele levantou uma bandeira verdadeira, sem oportunismo, e não fez disso uma forma de ganhar dinheiro. Foi uma missão que Deus lhe deu. E ele assumiu brilhantemente.
Enfim. Mion traz de volta os jovens à Globo. Tomara que a Globo deixe Mion ser Mion.