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Após o Instagram explicar as etapas necessárias para conseguir o selo azul de verificação por meios oficiais, a coluna decidiu pesquisar como é possível que empresas ou pessoas consigam vender a tão sonhada marca de que um perfil é notável e autêntico, o que acabou criando uma verdadeira máfia nos bastidores da rede social.
Empresas e pessoas relevantes do mercado digital têm acesso a um painel de parceiros de mídia do Instagram, onde é possível verificar os perfis de forma totalmente autônoma. Isso é legalizado e foi criado pela própria rede social para facilitar o trabalho de quem atua no meio. Porém, há quem use essa ferramenta em benefício próprio para lucrar.
Tentar conseguir o selo azul pelos meios oficiais é a maneira mais difícil de obtê-lo. Isso porque o Instagram recebe milhões de pedidos de verificação do mundo inteiro diariamente através da base de dados e não tem como checar todos. Com isso, a maioria é negado. A rede social depende de quem tem acesso ao tal painel dos parceiros de mídia.
Quem tem influência e bons contatos no mercado digital consegue tudo o que quiser no Instagram. Por isso, é comum ver famosos garantindo o @ que desejam, mesmo que ele já estivesse sendo utilizado por outra pessoa, ou que um bebê tenha seu perfil verificado antes mesmo do seu nascimento.
Já quem não tem os bons contatos precisa pagar. E aí, não importa se a pessoa é famosa, se o perfil é relevante na imprensa, se tem muitos seguidores… As empresas que têm acesso ao painel dos parceiros de mídia cobram pelo serviço, que nada mais é do que o contato direto com os avaliadores.
O valor pelo selo azul de verificação do Instagram pode chegar até R$ 50 mil para quem está disposto a pagar. E aí, a marquinha chega em até 24 horas. É o retrato de uma rede social que está cada vez mais injusta com quem tenta crescer organicamente e que privilegia somente os influentes.