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Após a coluna ter noticiado que os advogados de Marcius Melhem enviaram uma notificação extrajudicial para Dani Calabresa, solicitando que ela se manifestasse sobre as acusações de assédio sexual dentro de cinco dias, a advogada de defesa dela e de outras artistas que também denunciaram o humorista, Mayra Cotta, mandou uma nota.
“Os casos apurados por jornalistas da Folha de São Paulo e da revista Piauí, publicados em 24 de outubro e em 4 de dezembro, respectivamente, são graves demais para serem discutidos em interpelação extrajudicial. A Folha de São Paulo ouviu 4 vítimas e 5 testemunhas. A revista Piauí, por sua vez, escutou 43 pessoas, dentre testemunhas e vítimas de assédio sexual e moral. Entendemos que a instância adequada para apuração dos fatos é a Justiça. No mais, a interpelação repete estratégia comum a casos similares: objetiva intimidar não apenas uma vítima específica mas outras que ainda permanecem protegidas sob sigilo e até mesmo testemunhas, como se isso fosse capaz de apagar os graves fatos narrados e cuidadosamente checados com dezenas de pessoas citadas pelas matérias. É sempre lamentável a conduta de tentar descredibilizar vítimas”, diz o texto.
Entenda o caso
A coluna teve acesso à notificação extrajudicial na qual Marcius Melhem solicita que Dani Calabresa manifeste-se sobre as acusações de assédio sexual dentro de cinco dias. O documento requer que a atriz confirme ou negue os fatos descritos na matéria da revista Piauí e afirma que, caso ela não se pronuncie, entende-se que concorda com as informações contidas no periódico. Calabresa foi procurada, mas não respondeu aos contatos da coluna. O espaço segue aberto.
A notificação extrajudicial cita passagens da reportagem que classifica como falsas. A defesa de Melhem alega que a relação dele com Calabresa manteve-se “saudável, permeada por afeto e respeito profissional mútuo” nos anos após uma festa de comemoração do centésimo episódio do Zorra, que aconteceu em 2017, quando Melhem teria tentado beijar a atriz à força e colocado o pênis para fora da calça, sem o consentimento dela.