Na Ucrânia, Liziane ajuda refugiados: “Eu me seguro para não chorar”
“As pessoas falaram muito mal de mim dizendo que eu vim para cá para aparecer, mas queria ver ter coragem de ajudar”, disse a ex-A Fazenda
atualizado
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Vivendo na fronteira entre a Polônia e a Ucrânia desde a última semana, Liziane Gutierrez falou à coluna coluna LeoDias nesta terça-feira (22/3) sobre a rotina como voluntária das forças humanitárias na guerra. Segundo a ex-A Fazenda 13, as condições de vida por lá são preocupantes e a maioria encontra-se sem acesso à comida e remédios. “As pessoas falaram muito mal de mim dizendo que eu vim para cá para aparecer, mas queria ver ter coragem e a bondade de ajudar. Acabamos de levar uma tonelada de medicamentos a um hospital no meio do nada”, disse ela.
“Foi muita coisa que nós gastamos. Carro alugado, gasolina e etc. É muita coisa, sabe? Tudo do nosso bolso para poder ser o meio de entrega daquilo que chega de ajuda. A maioria das doações vieram da Áustria, de ONGS e entidades. Uma máquina de ultrassom, por exemplo, é muito cara e estava no nosso caminhãozinho. Mas a questão é a seguinte: quem tem coragem de entregar? As doações chegam até a estação, mas poucos querem cruzar a fronteira e é isso o que nós estamos fazendo. Vem muita coisa, muita doação e a gente entra com a cara e com a coragem”, explicou a ex-peoa.
“A gente é louco, entendeu? Nós que estamos entrando. Tem várias regras que precisamos seguir. Nós assinamos um contrato de que seríamos voluntários, não podemos fazer lives pelo celular, nem mesmo ativar localização nos aparelhos porque algumas cidades da Ucrânia foram atacadas pela Rússia porque alguns voluntários fizeram lives e as tropas localizaram este local”, conta a modelo.
A famosa lembra que, a segunda (21/03) foi um dos dias mais emocionantes que viveu até então. Ela afirma ter ajudado a resgatar uma família que estava em Lviv, levando os integrantes até um hospital e, depois, para uma estação de ônibus, de onde partiram para Polônia. “Depois dessa viagem de ônibus até a Polônia eles vão pegar um avião para a Finlândia, no norte da Europa. Eu me seguro para não chorar. Imagina uma família com bebê ter de partir com uma mochila apenas e os documentos na mão…”
“Nossa, foi tudo muito emocionante mesmo. Existe o Frente Brazuca, grupo de voluntários, e só tem eu e mais outra moça de mulheres nesta frente de trabalho. É um ‘bando de maluco’ com coragem que está resgatando esse povo que quer fugir e também ajudando aqueles que não querem deixar o país e estão em locais muito afastados. Está muito difícil, mas é confortante tudo isso”, finalizou.
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