Compartilhar notícia
A missa de sétimo dia do falecimento de Paulo Gustavo foi marcada por fortes emoções e lembranças ao ator que tanto fez os fãs rirem com sua comédia e representação das famílias brasileiras. Celebrada por Padre Omar, reitor do Santuário do Cristo Redentor, a homenagem foi restrita apenas a familiares e amigos próximos.
Dona Déa Lúcia, mãe de Paulo Gustavo, emocionou quem acompanhava a missa pela TV com seu discurso. “Vocês falam que sou forte, mas não sou. Minha força vem de Deus. Obrigada aos amigos que estão aqui. Foram 54 dias de sofrimento, mas vocês me ajudaram. Um beijo no coração de cada um de vocês. Um beijo para todos os fãs do Brasil que rezaram, oraram, cada um na sua religião. Meu filho se curou, ele foi embora, se curou totalmente. Me coloco de joelhos para todas as mães que perderam seus filhos para essa maldita doença. Muito triste o filho ir embora antes da mãe, são os desígnios de Deus. Um beijo e obrigada por estarem comigo, com Juju, com Thales e ajudando a gente a superar isso tudo”, disse ela.
Com a voz embargada, a irmã do ator, Juliana Amaral, recitou um poema de Santo Agostinho, chamado A Morte Não É Nada.
A morte não é nada
Eu somente passei
para o outro lado do Caminho
Eu sou eu, vocês são vocês
O que eu era para vocês,
eu continuarei sendo
Me dêem o nome
que vocês sempre me deram,
falem comigo
como vocês sempre fizeram
Vocês continuam vivendo
no mundo das criaturas,
eu estou vivendo
no mundo do Criador
Não utilizem um tom solene
ou triste, continuem a rir
daquilo que nos fazia rir juntos
Rezem, sorriam, pensem em mim
Rezem por mim
Que meu nome seja pronunciado
como sempre foi,
sem ênfase de nenhum tipo
Sem nenhum traço de sombra
ou tristeza
A vida significa tudo
o que ela sempre significou,
o fio não foi cortado
Porque eu estaria fora
de seus pensamentos,
agora que estou apenas fora
de suas vistas?
Eu não estou longe,
apenas estou
do outro lado do Caminho…
Você que aí ficou, siga em frente,
a vida continua, linda e bela
como sempre foi
A melhor amiga de Paulo Gustavo, a diretora Susana Garcia, também fez questão de prestar sua homenagem a ele. “Você agia exatamente conforme você pensava. A gente sempre queria a sua opinião porque a gente sabia que iria vir verdade! E pensar que você e muitas pessoas morreram porque não tiveram duas doses, apenas duas doses de uma vacina que já existe. Essa dor não pode ser em vão, por isso nosso amigo querido, por você, em sua honra, seremos cada vez mais um imenso mar de força, determinação e coragem contra tudo que nega a vida. Você lutou contra o preconceito, contra o racismo, contra a homofobia! Você fazia esse país se curar através do riso.”