MC Paiva denuncia agressão por policiais: “Achei que seria asfixiado”
O cantor conversou com a coluna LeoDias sobre o ocorrido
atualizado
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Na terça-feira (7/3), MC Paiva foi detido em São Paulo, por dirigir um veículo de luxo sem placa e supostamente desacatar os policiais que o pararam. À coluna, o cantor afirmou que não bebeu antes de dirigir, não desacatou ninguém e ainda denunciou que foi agredido pelos agentes que o abordaram: “Pensei que seria asfixiado”.
Além de contar o que aconteceu, o MC disse que sentiu um certo tipo de preconceito por ser “um cara novo em um carro de luxo”: “Foi tudo muito repentino, eles [policiais] falaram que a abordagem ocorreu porque perceberam que faltava uma placa de identificação no carro. Eu acredito que eles terem visto um cara novo na condução de um carro de luxo pode ter contribuído para me pararem também.”
Ele afirmou que não teve a intenção de bater na viatura, mas que os policiais jogaram o carro em cima dele. “Assim que abriu o sinal verde para mim, foi o tempo de eu tirar o pé do freio e apertar o acelerador. Aquela viatura da Polícia Militar se jogou em cima de mim. Em nenhum momento eu quis bater na viatura, em nenhum momento eu quis tentar dar fuga”, revelou em live no Instagram.
Agressões físicas e verbais
Davi ainda afirmou a este espaço que houve agressão física e verbal dos policiais no momento em que ele foi detido. Um vídeo mostra que Paiva foi imobilizado contra o chão e assim ficou por um tempo. As pessoas que gravaram a cena comentam, no fundo: “Não pode fazer isso”, denunciando o comportamento dos agentes.
Durante a transmissão feita em seu perfil no Instagram, ele disse que achou que seria asfixiado pelos policiais. “Apontaram a arma para mim (…) Em questão de segundos, eu já tomei uma rasteira no chão. (…) Eu me senti envergonhado na hora porque fui jogado no chão e pisoteado.”
“Teve um momento que achei que ia ser asfixiado porque olha o tamanho daquele policial… ele colocou logo o joelho nas minhas costas, entendeu? Colocou outro no meu pescoço e ameaçou de quebrar meu braço”, denunciou.
“Ocorreu, sim, a agressão física e também com palavras de baixo calão que acabaram sendo estendidas por toda a abordagem. No caminho, fui mantido no porta mala, com a tampa traseira fechada. Só com a chegada do meu advogado é que abriram a tampa para ventilação”, compartilhou com a coluna.
Segundo MC Paiva, as argumentações sobre ele ter ingerido bebida alcoólica foram mantidas: “Mas não foi isso que aconteceu e esse não foi o motivo para me pararem. Eu não ingeri nada alcoólico antes de pegar meu carro”. O cantor foi solto às 4h17 da manhã de quarta-feira (8/3).
Discriminação no funk
Por fim, o cantor fez um longo desabafo sobre como o mundo do funk é visto e tratado na sociedade, ressaltando a abordagem que considerou abusiva dos policiais. Leia abaixo.
“Logo quando me pararam, a abordagem ocorreu como todas acontecem. E a atitude dos policiais é aquilo que mostram os vídeos, o procedimento que eles tiveram de um padrão não condizente, e cabe à população e às autoridades entenderem como ocorreu tudo.
O funk sofre muita discriminação. O funkeiro é sim julgado pela sociedade. Muitas vezes o pessoal não entende que ter um carro ou uma casa cara, não é ostentar. O que aconteceu ontem foi um relato do que vemos na televisão diariamente sobre a postura do sistema contra uma sociedade que venceu. Ainda existem sim profissionais que têm essa conduta, não podemos generalizar a massa inteira, mas tem uns que infelizmente agem dessa forma grotesca.
Mas o que eu quero passar aqui com tudo isso, é que tá tudo bem, foi só um episódio atípico.”
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