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Marília Mendonça quebrou tabus e deu voz às mulheres reais

Ela liderou o tão falado feminejo, movimento que empoderou mulheres do sertanejo e as colocou no topo das paradas novamente

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Marília Mendonça no último show, em Água Branca (SP)
1 de 1 Marília Mendonça no último show, em Água Branca (SP) - Foto: Leo Franco/ Agnews

Marília Mendonça era o grande nome feminino da nova era do sertanejo. Ela, aos 26 anos, quebrou vários estereótipos e cantou para vozes que nunca eram escutadas. Ela teve coragem de se colocar no lugar das amantes, das traídas e até mesmo das prostitutas que tiveram de deixar o seu coração de lado para ganhar o dia a dia.

A mãe de Leonardo não se enquadrava nos moldes do cenário musical: não tinha o “peso ideal”, o “corpo ideal”, mas sua voz era surreal. Ela conquistou Caetano, Gal e outros inúmeros ícones pop do Brasil, mas o caminho de Marília não foi nada fácil. A artista sofreu muitos impasses no início de sua carreira, mas ao lado de Wander Oliveira, empresário musical, viu o seu nome brilhar.

Wander sempre enxergou naquela jovem goiana um potencial gigantesco e estava certo. O seu faro fino não o permitiu descartá-la pelo fato dela simplesmente fugir dos moldes da época. Ele  “adotou” a Rainha da Sofrência como a sua pupila até que ela alcançasse a maioridade e pudesse desbravar e encantar o Brasil com o seu canto.

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Gusttavo Lima e Marília Mendonça
Ivete Sangalo e Marília Mendonça
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Gusttavo Lima e Marília Mendonça

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Ivete Sangalo e Marília Mendonça

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Tamanha era a sua força que ela liderou o tão falado feminejo, movimento que empoderou mulheres do sertanejo e as colocou no topo das paradas novamente. Tal movimento foi até mesmo citado pelo New York Times após a morte de Marília na última sexta-feira (5/11). Em meados da década passada, novas e femininas vozes começaram a avançar na música sertaneja, área até então dominada por tons, figuras e temáticas masculinas.

Na música, ela criou um novo estilo, abriu caminho para mulheres. Inicialmente chamada de sofrência, ela criou uma nova forma de cantar o amor. Aliás, ela não canta o amor, ela canta a dor. A dona de todos os cantos nunca foi podada e encorajava a todas que sonham viver de sua arte a fazer o mesmo. Seu legado será eterno!

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