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Luciano Szafir sofre com as sequelas da Covid-19: “Esse vírus é maldito

O pai de Sasha passou 32 dias internado por conta de complicações do novo coronavírus

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1 de 1 luciano szafir - Foto: reprodução/ globo

Luciano Szafir esteve no Encontro com Fátima Bernardes nesta quarta-feira (25/8). O ator ainda se recupera de sequelas deixadas pela Covid-19. O pai de Sasha passou 32 dias internado por conta de complicações do novo coronavírus e contou à apresentadora como está hoje. Ele segue com tratamentos em casa.

“A recuperação é difícil, lenta, mas estar em casa, com família e amigos, é um acalento”, disse Szafir, que, logo em seguida, lembrou do período que esteve internado em hospital no Rio de Janeiro. “Era horrível. Quando você está com a doença ainda, você não sabe se vai melhorar. Tem que lutar contra o vírus e contra a sua cabeça. Muito difícil”, confessou.

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Ele tinha menos de 15% de chances de viver
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Ele fez questão de frisar que a doença é traiçoeira, deixa marcas e revelou quais são os tratamentos que está fazendo em casa.

“Estou com a alimentação restrita, passei por colostomia, então não posso comer qualquer coisa. E tem o tratamento pós-Covid. Fisioterapia para os pulmões e física, que é importante também. Meus braços e pernas estavam fracos. E a cabeça, tem dias que não quero sair da cama. Mas me cobro a fazer (terapia) porque tive uma segunda chance. Você fica meio pra baixo, às vezes. O problema é se comparar como você era antes. Não, você é outra pessoa. Não tem que pensar como era anteriormente”, falou o ator.

Szafir ainda lembrou da primeira vez que teve Covid. “Foi tranquila. Fiquei em casa. tive leve dor de cabeça. Fiquei 17 dias isolado para garantir. Não tive nada. A segunda vez foi bem complicada. A Covid foi forte. Precisei de oxigênio, Foi uma série de fatores difíceis. Depois problema no intestino, arritmia”, contou. “Esse vírus é maldito e a gente tem que lidar com ele”, emendou o ator.

Medo do dia seguinte

O pai de Sasha revelou a Fátima Bernardes o medo que enfrentou todos os dias em que passou no hospital. “Não sabia como seria o dia seguinte, nos próximos 15 minutos. Estava numa área fora do Covid. Estava bem e, de repente, o mundo caiu. Quando saí da primeira cirurgia vivo, tinha medo constante. Ou eu estava sedado, rezando ou pensando na minha família. Pensando em não desistir, mas não dependia de mim, dependia de Deus e dos médicos”, confessou.

Em casa, ele ainda enfrenta a insegurança. “Porque você não está mais na estrutura hospitalar”, afirmou.

“Um dia, estava dormindo, às 2h, e acordei com o batimento cardíaco de 180… Dormindo, tá? Me deram remédio. Lembro da doutora, segurando na minha mão e dizendo: “Vai melhorar. Mas agora vai piorar muito. Realmente teu coração para e retorna forte. Foram sensações desagradáveis, mas gratidão imensa hoje. Quando acordo meio pra baixo, não me dou o direito de ficar deitado, faço tudo o que tenho que fazer. Tive uma segunda chance, eu não aceito isso. Tenho assistência psicológica, psiquiátrica, que são necessárias”, fala.

Sobre sua relação com fé, Szafir comentou: “Já tinha. Mas quando você está lá, quando passa por dificuldade, lembramos da fé. Naquele momento, achava que podia morrer a qualquer instante, mas falava com Deus o tempo inteiro. Hoje, a primeira vez que faço quando abro os olhos é agradecer. Quando passa por experiências assim… Vai continuar na minha vida (orações).

Reencontro com a família

Szafir lembrou que estava muito nervoso antes de reencontrar os filhos e a esposa. “Além de estar indo embora, sabia que eles estavam sofrendo. Quando não estava sedado, falei com eles, via a dor deles, apesar de não demonstrarem. Via em seus olhos. O primeiro abraço com as crianças, minha mulher, foi maravilhoso. Ela foi algumas vezes ao hospital e me via bem. Depois, na mesa de cirurgia. Em casa, eu pensei: “Chega””, conta o ator.

E finalizou: “Preciso estar forte. É um dia de cada vez. Logo depois da cirurgia, eu dei três passos. Uma semana depois, caminhei 650 metros. Minha recuperação foi um presente”.

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