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A pandemia trouxe a todos nós reflexões urgentes seja na maneira de nos relacionarmos, enxergarmos o mundo, a vida e o nosso trabalho. E se por aí foi um momento de reavaliar e recalcular a rota não foi diferente com alguns artistas, como é caso da banda 3030.
Depois de anunciar uma pausa em seus trabalhos em conjunto, os integrantes do grupo — LK, Bruno Chelles e Rod — aproveitaram a quarentena para se dedicarem a projetos solos. A coluna Leo Dias bateu um papo com LK, que falou um pouco mais sobre seus projetos solo, futuro e mais!
Como você avalia esse seu novo momento em sua carreira e na do 3030?
É um momento único. Estamos há mais de 10 anos juntos e, quando chegou a pandemia, trouxe à tona questões que chegaram para todo o mundo. Quisemos rever a nossa individualidade e tomamos essa decisão de dar mais atenção e energia para os nossos trabalhos solo – algo que a gente nunca tinha feito. É muito bom poder se testar individualmente, e isso vai acabar agregando artisticamente para o grupo depois.
Por que vocês decidiram dar um tempo?
A gente sentiu que tinha vontades individuais diferentes e decidimos dar um tempo para se testar e se trabalhar. Temos uma relação de irmãos há muito tempo. Então, não foi um término da banda. Foi só um tempo para a gente se realizar.
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Vocês já tem projetos futuros juntos?
Temos, sim! A partir do segundo semestre vamos programar um novo álbum do grupo 3030.
O que cada um está produzindo individualmente nessa nova fase?
Cada um, da sua forma, está criando a sua música e colocando o seu material na rua. Eu estou trabalhando no meu primeiro disco solo, que pretendo lançar no início do segundo semestre. Já lancei o meu primeiro single, com a Bárbara e o China, e virão mais participações nesse sentido até lá.
O Bruno também está produzindo o seu EP. O Rod gosta de lançar as suas mixtapes. Se eu puder falar de cada um, individualmente, acho que o Bruno está mais no campo da MPB, o Rod está mais no trap/rap, e sinto que eu estou no meio, testando sonoridades do funk, do rap, da MPB e da música baiana no meu trabalho.
Quais lições vieram junto com a pandemia?
Para mim, a principal lição foi buscar o equilíbrio. Antes da pandemia, todo mundo estava caminhando no automático, sem parar para olhar a nossa vida, o nosso trabalho, a nossa relação com a nossa família, a nossa espiritualidade. Acho que agora podemos respirar e repensar tudo isso.
Nós sabemos que vocês acreditam muito nas mensagens do universo e na espiritualidade. A decisão veio através de alguma mensagem dos guias espirituais de vocês?
No primeiro momento, surgiu a partir dessa reflexão que fizemos na pandemia. E, a partir disso, a gente consultou a nossa espiritualidade, sim. Estamos há 10 anos focados no 3030. Então, no início, ficamos bem apreensivos sobre o que fazer. Agora, estamos bem mais seguros.
Vocês já planejam o retorno do do grupo? Já tem uma data?
A gente começou a falar de um disco novo recentemente. Então, certamente faremos alguma coisa até o final do ano e vai ser de uma forma que a galera que curte o nosso trampo vai ficar bem feliz. Já estou bem empolgado e confiante com esse novo projeto.