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Juiz nega pedido de sigilo no processo de Bruno Krupp. Entenda

O modelo estava preso há 8 meses acusado de matar João Gabriel, de 16 anos, ao conduzir uma motocicleta em alta velocidade e sem habilitação

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Bruno Krupp
1 de 1 Bruno Krupp - Foto: Reprodução

Após Bruno Krupp deixar a penitenciária de Bangu 8, no Rio de Janeiro, para responder pela morte do adolescente João Gabriel Cardim Guimarães em liberdade, a defesa do modelo pediu que o processo criminal fosse mantido em sigilo, usando como justificativa que o endereço do réu estava sendo exposto. Porém, o juiz do caso, Gustavo Kalil, não acatou.

O magistrado determinou a ocultação do endereço do modelo do processo. Segundo a decisão, a ação é pública e pode ser acompanhada pela sociedade, mas isso não significa que informações particulares dos envolvidos, como endereços de testemunhas, vítimas e acusados, devam ser publicados.

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Bruno Krupp
Novo vídeo flagra momento que moto de Bruno Krupp atropela adolescente no Rio de Janeiro
Novo vídeo flagra moto pilotada por Bruno Krupp atropelando adolescente no Rio de Janeiro
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Essa não foi a única situação criminal envolvendo o nome do modelo. Segundo a colunista Fábia Oliveira, do Em Off, Bruno Krupp responde a dois inquéritos na polícia, por estelionato e estupro

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A relação, contudo, não foi para frente. Dois meses após anunciarem o romance, os pombinhos romperam. No entanto, o tempo foi suficiente para Bruno conquistar alguns fãs de Sarah

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Bruno trabalha como modelo em uma das maiores agências do segmento, a 40 Graus Models. No Instagram, acumula mais de 100 mil seguidores e divide com eles um pouco de sua rotina, seu porte físico malhado e fotos na praia

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A fraude, segundo a gerente, foi estimada em R$ 428 mil. Krupp teria saído do hotel antes do estabelecimento conseguir contestar os cartões

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Ainda de acordo com a magistrada, a “liberdade do indiciado compromete a sobremaneira a ordem pública, sendo a sua constrição imprescindível para evitar o cometimento de crimes de idêntica natureza”. Bruno foi preso em um hospital particular do Méier e responderá por homicídio com dolo eventual

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A acusação de estupro foi registrada em julho deste ano. Em depoimento, uma mulher de 21 anos relatou que foi até o apartamento do influencer e que os dois tiveram uma relação não consensual. No relato, ela diz que pediu que Bruno parasse, mas não foi atendida. O rapaz nega as acusações

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Em 30 de julho, Krupp foi apontado como o responsável pelo acidente que resultou na morte de João Gabriel, de 16 anos. Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, Bruno não tinha habilitação para dirigir a moto e, inclusive, havia sido parado três dias antes em uma blitz da Lei Seca, com o mesmo veículo irregular, também sem CNH e se recusou a soprar o bafômetro

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Dessa forma, para conseguir a hospedagem por preços mais baratos, os clientes deveriam fazer um pagamento em uma conta em nome de outra pessoa, fornecida pelo rapaz. Ele então fazia as reservas utilizando cartões de crédito clonados

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Na decisão, a Justiça destaca a brutalidade do acidente: “Observa-se que o indiciado assumiu o risco de causar o resultado, eis que conduzia uma motocicleta sem placa, em alta velocidade, sem portar CNH, mesmo após ter sido pego em uma blitz três dias antes do acidente. Insta salientar que a perna da vítima foi violentamente amputada no momento da colisão”, diz a juíza Maria Izabel Pena Pieranti, em trecho

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Câmeras de segurança de um quiosque próximo ao local do acidente registraram que o modelo estava em alta velocidade no momento da colisão. A vítima teve a perna amputada pelo impacto e, segundo um PM que testemunhou, o membro foi parar a 50 metros de distância. O adolescente não resistiu aos ferimentos

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“O acusado continua detentor do direito constitucional à privacidade e intimidade. O acautelamento em cartório, de modo sigiloso, do endereço do réu em nada atrapalha a marcha processual. A sociedade tem direito de acesso aos atos do processo, mas não a informações particulares de personagens processuais. Assim, defiro que o endereço do réu permaneça em sigilo absoluto e acautelado em cartório. Eventuais mandados de intimação deverão ser expedidos de forma sigilosa ou intimado o réu por telefone, solicitando-se cooperação da parte para pronto atendimento”, diz o magistrado em trecho da decisão

O juiz reconhece que o acusado tem o direito constitucional à privacidade e que o sigilo do endereço não atrapalha o andamento do processo. Portanto, a decisão autoriza que estes dados permaneçam em sigilo. Desta forma, as futuras intimações deverão ser expedidas de forma sigilosa ou o réu deverá ser intimado por telefone.

Recolhimento noturno

A coluna LeoDias também teve acesso a outra decisão, em que é esclarecido que não houve contestação em relação ao pedido de definição de um horário específico para o recolhimento noturno de Bruno, feito pela acusação. Ou seja, provavelmente será estabelecido que Bruno não deve deixar sua residência entre 22h e 6h, uma das medidas cautelares fixadas após ele deixar a prisão.

O caso

No dia 30 de julho de 2022, Bruno Krupp se envolveu em um acidente de moto que resultou na morte do jovem João Gabriel Cardim Guimarães, de apenas 16 anos. O acidente ocorreu na Avenida Lúcio Costa, na cidade do Rio de Janeiro, onde é permitido andar a uma velocidade máxima de 60 km/h. Além de não possuir habilitação, o modelo admitiu na primeira audiência do caso que pilotava sua moto a mais de 100 km/h.

Liberdade provisória

O modelo Bruno Krupp deixou a Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecida como Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, após ser beneficiado por um habeas-corpus concedido na segunda (27/3) pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Krupp ficou oito meses preso, desde agosto.

No final de agosto, o juiz da 4ª Vara Criminal da Capital, Gustavo Gomes Kalil tornou Bruno Krupp réu por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar.

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