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Irritada, angustiada e carente: a verdadeira Karol Conká do BBB21

A coluna conversou com psicólogos e psiquiatras para entender mais sobre o que está passando na cabeça de Karol Conká no BBB21

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Que o nome da cantora Karol Conká é o mais falado do BBB21, não há dúvidas. Porém, a maioria dos comentários tecidos sobre a curitibana são de cunhos pejorativos devido às atitudes que Conká vem tomando dentro do reality show da Globo.

Admirada e respeitada por vários nomes antes de se tornar uma sister do Big Brother Brasil, a rapper vem perdendo prestígio de fãs e contratantes. Mas por que isso aconteceu? Será que a psicologia explica? A coluna Leo Dias conversou com psiquiatras e psicólogos sobre a personalidade da rapper para entender por quais motivos ela age de forma ríspida dentro do jogo.

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Ela é vista pelo público como uma das vilãs da edição
A rapper perseguiu Lucas Penteado
Karol é passou de muda do empoderamento para vilã das vilãs do BBB
Mas sobre com a rejeição do público
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Para quem vai sua torcida?

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Ela é vista pelo público como uma das vilãs da edição

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Karol é passou de muda do empoderamento para vilã das vilãs do BBB

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Ela, provavelmente, sofrerá para recuperar a imagem

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Antes de mais nada, é preciso enfatizar que não se deve fazer julgamento das pessoas. Profissionais realizam avaliações do comportamento humano como um todo para definir qual característica predomina e, assim, traçar a personalidade daquele indivíduo. O Big Brother reúne pessoas de diferentes estilos.

O psiquiatra Pablo Vinícius afirma que, no caso de Karol Conká, em cena sempre estava a artista, a rapper e militante. Ou seja, não significa que ela estava enganando as pessoas ou sendo falsa, mas a tensão gerada pelo confinamento deixou mais aparente reações rotineiras, sem filtros.

“Ela não perdeu as características de artista, mas não está conseguindo se conter diante de algumas situações. Se mostra ambiciosa, tem uma personalidade dominadora, muitas vezes explosiva e tende ao egocentrismo, pois deixa claro que tem dificuldade para tolerar o que é diferente. Em compensação, mostra ter uma capacidade de liderança absurda, fazendo a casa girar ao redor dela”, pontuou. Ainda segundo a análise de Pablo, do ponto de vista psicodinâmico, a rapper tem características do temperamento colérico.

“Isso não necessariamente é uma coisa ruim, não estamos avaliando o caráter dela. A ideia é entender por que ela tem esse comportamento. Ela nasceu, cresceu e se desenvolveu, formando essas características, de acordo com sua criação, a região onde morou, a educação, as amizades e costumes. Se é certo ou errado, aí é juízo de valor, cada um avalia conforme os seus princípios e valores. Quanto a ela, deve saber viver com isso, extraindo o melhor de si e controlar o pior, mas isso é difícil fechar no confinamento. O Big Brother é isso. O participante vota para eliminar, fazendo julgamento de pessoas as quais não concordam com o comportamento”, disse.

Medo que aprisiona 

Para Daniela Gomes Pereira de Toledo, psicóloga analítica junguiana, o medo tem o poder de aprisionar e fazer com que elementos contidos no inconsciente humano transformem uma pessoa, até o ponto dela se perder na sombra esmagadora da derrota.

“No Big Brother Brasil, a gente pode perceber que a Karol Conká é uma mulher inteligente e interessante. Ela ‘se fez’ sozinha na vida, ela é muito perspicaz e é extremamente intuitiva, porém a sua intuição é manipuladora. Como ela é alguém que gosta de estar à frente da situação, enxerga tudo de uma forma oblíqua. Ela é concreta e, se algo não acontece da forma e do jeito que deseja e espera que aconteça, se vê apreensiva, agoniada, amedrontada. Ao invés de mostrar a fragilidade, a Karol se impõe e demonstra uma agressividade latente. A Conká não tem medo de usar isso contra o próximo. É como se fosse um escudo que bate ao invés de analisar o motivo pelo qual o próximo lhe ataca”, disse.

Ainda segundo Daniela, a cantora de Curitiba, muito provavelmente, foi alguém que viveu com medo no começo da vida, tendo de vestir uma roupa de arrogância e vanguarda para sobreviver. “Essa forma de se defender faz com que o telespectador a enxergue como alguém arrogante e insensível. Faz com que nós a vejamos como uma pessoa altamente volátil. Ela tem um temperamento que não passa despercebido e isso, em fusão com a tensão que ela tem dentro do jogo, se torna uma bucha de canhão. A Karol é angustiada, irritada e carente. Ela é alguém que precisa estar o tempo todo se mostrando, entende? Desde as roupas às suas atitudes. Quando não está ‘causando’, ela está de canto e para baixo”, analisou a psicóloga.

“Quando ela entrou no BBB e viu pessoas conhecidas e famosas, isso fez com que a cantora se sentisse bem por ser reconhecida por estes famosos, sabe? Mas a Conká precisa estar no comando de todos. Ela é manipulável pois, quando faz a cabeça do próximo, ela não percebe que se auto sabota. Tudo o que a Karol faz e fala existe em seu emocional, isso tudo faz sentido na cabeça dela porque ela se apaixonou, ficou amedrontada ao lidar com os demais e perdeu tudo o que desejava. Ou seja, o que ela tinha para se sentir no controle foi perdido e é por isso que age assim. Ela está vivendo e agindo como a artista Karol Conká, a Mamacita, e não a Carol pessoa. Ela está vivendo como o seu alter ego, alguém absoluto e avassalador, mas ser assim por 24 horas é perigoso pois você se perde. Ela está perdida e enlouquecida por não estar no comando de nada”, finalizou.

Cobrando reconhecimento

Segundo Alice Homsi, psicóloga clínica, escolar e hospitalar, a cantora, muito provavelmente, passou por várias provações ao longo da vida devido a sua cor, seu trabalho, sua trajetória e também conquistas. “Em algum momento, ela se sentiu inferiorizada dentro do BBB por ser uma mulher negra e precisou cobrar o reconhecimento de todos. A forma que ela age atacando é para se defender. A Conká ataca no próximo aquilo que ela não conseguiu resolver consigo mesma. Essa forma agressiva de falar com o próximo é para se defender”, disse.

A profissional pontuou que a segurança que ela transmite ao falar não é cem por cento, ou seja, vários discursos da sister são sinônimo de defesa em face ao sentimento dela de inferioridade. “Para se sentir superior e não demonstrar fraqueza ao próximo, nós entramos no ensejo de ter de falar o que queremos e falar o que pensamos para nos auto afirmar. Não pensar e cutucar o próximo é uma forma que a Karol encontra para não ter que lidar com os seus próprios problemas. Assumir suas fraquezas e medos não é uma tarefa fácil. Ela se sente a dona da verdade agindo assim, porém esta verdade só pertence a ela mesma”, externou Alice, em sua análise sobre as ações da dona do hit Tombei no BBB21.

 

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