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Indiciada, Lilly diz que irmão de Virginia foi privilegiado e expõe abordagem

Lilly Martins conversou com a coluna após ser indiciada por falsa acusação depois de denunciar William Gusmão por importunação sexual

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Fotos coloridas de Lilly Martins e William Gusmão e sua irmã, Virginia Fonseca
1 de 1 Fotos coloridas de Lilly Martins e William Gusmão e sua irmã, Virginia Fonseca - Foto: Reprodução/Montagem

Lilly Martins foi indiciada por falsa acusação após procurar a Polícia Civil para denunciar William Gusmão, irmão de Virginia Fonseca, por importunação sexual em uma festa em Jussara, em Goiás. A coluna LeoDias conversou com ela, que fez uma série de relatos quanto à abordagem das autoridades em sua ida à delegacia para registrar o boletim de ocorrência, alegou que a decisão se deu sem que todas as partes fossem ouvidas e citou ainda que foi procurada pela filha de um candidato a vereador, supostamente ligado a William, e uma tentativa de contato dele através de sua advogada. 

“Por que estou sendo indiciada, sendo que fui à delegacia registrar o boletim de ocorrência, as pessoas da delegacia falaram que entrariam em contato comigo porque no dia disseram que não tinham achado os dados do senhor William Gusmão? Eles pediram os nomes das testemunhas, eu coloquei Juliana e Carol, porque até então eu não sabia o nome do namorado da Carol, que estava com a gente na festa. Acrescentaram em meu depoimento um Tiago, que não sei de onde surgiu, eu não o conheço”, relatou Lilly.

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Virginia e o irmão, William, à esquerda,  e Lilly Martins, à direita
Irmão de Virginia diz que vai denunciar Lilly Martins caso ela não prove as acusações
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Irmão de Virginia diz que vai denunciar Lilly Martins caso ela não prove as acusações

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“Dei meu depoimento, estava esperando eles me retornarem, como prometeram, que retornariam para eu prestar depoimento, assim como as testemunhas que estavam presentes comigo. Você acha que eles deram ouvidos às testemunhas? Você acha que me ouviram? Por que escutaram William, as testemunhas de William?”, disse Lilly.

Corregedoria

Após ser indiciada, Lilly disse que procurou a corregedoria da Polícia Civil e a delegada que lhe ouviu demonstrou surpresa com a forma como tudo tramitou. “Fui à corregedoria, relatei tudo e a delegada da polícia civil perguntou: ‘eles te chamaram [para depor], chamaram as testemunhas?’. Eu falei que não. Ela disse que ‘já começa errado daí. Como eles finalizam o inquérito sem escutar, sem que as provas fossem apresentadas, só porque uma das partes falou, levou testemunhas? Quais testemunhas são essas de William?’. Por que as pessoas não me deram voz na delegacia?”, questionou Lilly.

Não estou à venda”

Lilly também citou uma mensagem enviada pela filha de um candidato a vereador de Jussara. “Por que um dia após William fazer o que fez comigo, ele estava em uma fazenda em Jussara, fazenda de um candidato a vereador, e a filha deste homem me mandou mensagem questionando quanto eu queria? Quando fui tirar print, ela apagou. Eu falei: ‘moça, você está querendo me comprar? Não estou à venda, não. Eu quero justiça’”, relatou Lilly.

Contato da advogada

Lilly afirmou que foi procurada pela advogada de William por mensagem, mas preferiu não responder. “Tudo que eu posto, se eu postar um biscoito, falam que é indireta para William”, acrescentou.

Abordagem

Lilly também detalhou sua ida à delegacia logo após o caso, dando a entender que eles já “esperavam” sua presença ali. “Logo ao entrar [na delegacia], já veio uma moça sorrindo. Eu falei que queria fazer uma denúncia e ela logo perguntou: ‘Por assédio’?. Eu respondi que sim, ela entrou em uma sala e todos começaram a rir, três funcionários da delegacia”, disse Lilly.

“Eu fiquei esperando uns 40 minutos na delegacia”, relatou Lilly e continuou: “Quando eu fui dar meu depoimento, a funcionária disse: ‘Ah, mas nos vídeos você está beijando ele’. Eu questionei onde: ‘me mostra beijando no vídeo’. A funcionaria argumentou sobre ele ter dito que estava com a mão aberta com copo na mão e eu expliquei: ‘Sim, ele estava com a mão aberta e com copo de cerveja na mão, mas não foi naquele momento que ele enfiou a mão em minha roupa, não foi naquele instante ali que Juliana, minha esposa, estava filmando’”.

Registro do B.O.

Lilly rebateu as críticas por não ter procurado a delegacia logo após deixar a casa noturna onde tudo aconteceu: “A delegacia de Jussara não funciona aos sábados e domingos, só funciona de segunda a sexta. O que eu fiz? Amanheci na delegacia na segunda-feira, fui lá cedo, foi uma das primeiras a ser atendida”.

A partir de agora

“Minha advogada disse que como em Jussara eles não querem levar a acusação de assédio adiante, ela está tentando uma transferência do caso, ela me pediu para ficar calma, Para não postar nada em redes sociais e para confiar nela”, disse Lilly.

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