Gordofobia e manipulação: casal do Casamento às Cegas escancara bastidores

Diante das acusações de gordofobia contra Amanda Souza, no Casamento às Cegas (Netflix), Paulo Simi Lopes contou à coluna LeoDias a sua versão dos fatos. Além dele, sua noiva, Bruna Luana, que desistiu do experimento, acusou a produção de manipular o programa, na frente e por trás das câmeras. O casal ainda deu detalhes de como está o relacionamento pós-reality.

Paulo disse que se assustou com a repercussão da história e que nada do que está sendo propagado tem fundamento em relação a um suposto ato de gordofobia. “É complicado porque estão falando muita coisa que não é verdade, fico muito chateado com isso. Desde o primeiro dia, eu só quis a Bruna. Acho que em menos de 5 minutos, eu falei para ela que queria sair casado com ela. Nunca existiu uma outra pessoa, só existiu após a saída da Bruna.”

“A questão da desistência é uma coisa muito forte para mim. Eu falei: ‘Putz [a desistência] deve ser um sinal de Deus’. Então basicamente eu comecei a me permitir conversar com as outras meninas. Eu não conversava só com a Amanda, conversava com outras pessoas também”, continuou.

O que pensa Paulo sobre Amanda?

Após se recusar a seguir adiante com Amanda, Paulo fez vários elogios a ela durante a entrevista. Ele reafirmou que só não se casou com ela pois ainda pensava em Bruna: “A Amanda é uma pessoa muito gente boa, uma pessoa com ótimo coração, com uma luz que brilha muito. Uma baita de uma mulher. Só que como a gente sempre diz, meu coração sempre foi da Bruna, minha razão pedia, devido à desistência, a Amanda”.

Do pedido às cegas ao primeiro encontro

“Antes de abrir a porta [para se verem pela primeira vez], bateu. Sabe quando bate aquela sensação de: ‘Nossa, eu queria que fosse a Bruna, porque meu coração queria a Bruna’. Resumindo, a porta abriu e eu não podia fazer isso para a Amanda. Porque o meu coração pertence e pertencia à Bruna. Esse é o real motivo, provavelmente nunca será retratado, mas é isso”, relatou ele. 

Desistência do Casamento às Cegas 

Bruna Luana contou que, na ocasião, pediu a Paulo que a acompanhasse, mas ele preferiu seguir na dinâmica. Segundo a médica, ela não se sentia bem no confinamento por já ter sido sequestrada quando criança. Ela acusa a produção de ter deixado a situação pior.

“Eu fui sequestrada quando eu era criança, fiquei 10 dias em cativeiro. Eu tinha avisado [à produção] que era muito difícil para mim lidar com confinamento, e eles fizeram questão de deixar tudo pior. Eu pedi psicóloga e eu não tive acesso, foi supercomplicado”, relatou ela.  

Ainda de acordo com a ex-participante, a edição do reality foi manipulada, com frases tiradas de contexto, por exemplo: “A história que tem ali está longe de ser a real. Eles manipulam muito, tiraram frases de ordem. O Paulo começou a ter conexão mesmo com a Amanda depois que eu saí, sabe? Ele me pediu em casamento no primeiro dia de cabine, a nossa história é muito bonita. Eles esqueceram tudo porque eles ficaram putos porque eu saí quebrando o pau com aquela galera”.

“Fizeram ele regravar depoimentos. O negócio é muito grave, muito sério. Eu não tenho medo desse povo, eu tenho é ódio. Porque eu estou tendo uma vida tão boa com o menino. Eu nunca quis fama, eles distorceram muito, estão sendo escrotos. Tem gente que manda mensagem para o Paulo falando que querem que ele morra”, desabafou Bruna. 

A coluna LeoDias entrou em contato com a comunicação da Endemol Shine Brasil para ter informações sobre as acusações de manipulação, mas não houve retorno até o momento desta publicação. O espaço segue aberto.

Pós-programa

Segundo Bruna, mesmo depois de ter deixado o reality show, o casal foi procurado pela produção e houve mais tentativas de manipulação.

“Depois eles chamaram a gente para participar do programa, e a gente não foi, chamaram a gente para ir ao reencontro, para participar, não fomos. Eu tenho áudio da galera do casting agora, tentando manipular o Paulo, falando tipo assim: ‘Paulo, faz isso mas não conta pra Bruna’. Eu moro com o menino, a gente tá noivo, vai casar. O nível de manipulação daquilo ali é bizarro, entendeu? Chega a ser ridículo”, avaliou.

A médica ainda relatou um episódio que aconteceu durante o confinamento, na gravação das cabines: “Eu não meti um processo neles porque eu não quis. Eu tive uma queimadura química porque eu estava usando um ácido, eu pedi pomada para três pessoas diferentes e ninguém me deu. Eu tive que descer, comprar, enquanto a gente estava confinado no hotel. Eles não tinham o mínimo cuidado com a gente, foi muito escroto”.

Entenda o início do namoro entre Paulo e Bruna pós-programa 

“Eu saí [do confinamento] num sábado às onze da noite e fiquei que nem louco procurando a Bruna no Instagram, tentando achar quem era essa menina. Eu achei, porque não queriam me passar o Instagram dela. Já comecei a falar com ela. O nosso primeiro encontro foi na casa dos meus pais, eu levei ela para conhecer minha família e já apresentei ela como a mulher da minha vida, a mulher que eu ia casar. Ela conheceu toda a minha família no primeiro dia”, compartilhou.

“Eu e Paulo nos amamos de verdade, nossa conexão foi real. Nos primeiros dias, tanto eu como ele pedimos para falar só um com outro e não deixaram. Temos uma história linda, superfofa, todos na minha convivência amam o Paulo e vice-versa. Não estamos com insta fechado com medo de xingamentos, estamos com ele fechado porque só queremos uma vida tranquila”, refletiu Bruna.

Por fim, Paulo fez um resumo sobre o noivado dos dois: “Depois de dois meses namorando, a gente foi morar junto, a gente tá morando junto já tem 7 meses e pouco, 8 meses. E estamos felizes pra caramba”.

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