Gestante com dor de cabeça: especialista explica caso de Virginia
Influenciadora deu entrada em dois hospitais em menos de 24 horas
atualizado
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Virginia Fonseca preocupou família e seguidores ao dar entrada em dois hospitais diferentes num período de menos de 24 horas. A influenciadora, também gestante de três meses, teve crises de enxaqueca durante viagem para acompanhar Zé Felipe, que cumpre sua agenda de shows pelo país. A coluna LeoDias, por sua vez, conversou com o doutor Wanderley Cerqueira de Lima, Neurocirurgião e Neurologista do Albert Einstein e Rede D’Or, a fim de tirar dúvidas sobre casos assim.
O médico ressaltou que enxaqueca é muito mais comum nas mulheres. Uma das explicações são as oscilações hormonais, principalmente os estrógenos. “Existe durante todo o período de um mês, um ciclo menstrual com períodos de mais ou menos dor de cabeça, só que na gestante é menos comum essas crises. Como são um caso especial, é comum ter pressão arterial porque ela tem um maior volume de sangue no organismo, então a pressão elevada dá dor de cabeça”, esclareceu o profissional, também Diretor do WCL Neurocirurgia.
“Na gestante também às vezes acontece eclâmpsia ou pré-eclâmpsia (convulsões que ocorrem durante a gestação ou logo após o parto), que também dá dor de cabeça. Outra coisa, na gestante, devido a alterações que acontecem no organismo por uma questão de coagulação, pode dar dor de cabeça também”, diz.
Doutor Wanderley ainda alerta sobre a gestante adulta que tem dor de cabeça totalmente diferente do que tinha. “Se ela é muito intensa e que não passa com remédios simples, isso tem que ser investigado completamente, e a investigação é hospitalar: exame neurológico, checar a pressão arterial da paciente, ver se ela não tem alterações de fundo do olho, que é um sinal direto de pressão elevada, eventualmente um exame de imagem ao depender da fase de gestação dela. Geralmente não pode fazer tomografia, que é o mesmo do raio-X”, completa.
Quais são as investigações hospitalares para uma gestante com dores de cabeça muito intensas?
“A investigação deve ser feita com ressonância magnética, mas sempre com um profissional acompanhando. Um médico obstetra ficar em alerta. Eventualmente um Neuroclínico e um Neurocirurgião – pesquisa como é a dor de cabeça, sua intensidade, se ela tem vômito, alteração de pressão, o que ela apresenta, ver se ela não tem uma rigidez no pescoço, e aí você tenta chegar ao diagnóstico mais próximo da causa. Se a dor de cabeça não está resolvendo, tem que internar, fazer a medicação, mas é necessário investigando tudo. Não pode medicar e liberar o paciente, seja lá quem for. Tem que ser investigado de uma forma bem precisa”, conclui.
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