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Durante o desfile das campeãs, organizado no último sábado (30/4), a coluna LeoDias conversou com o diretor de marketing da Liga Independente de Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), Gabriel David, no camarote Brahma N1. Além de fazer um balanço sobre o evento, que voltou a acontecer após dois anos por conta das restrições impostas durante a pandemia, o diretor detalhou os desafios impostos após o adiamento da folia por conta do aumento de casos de Covid em janeiro. David revelou que chegou a ser cogitado o cancelamento da festa, mas o adiamento para abril acabou sendo o melhor caminho.
“Foi melhor (o adiamento dos desfiles previstos inicialmente para fevereiro) para a imagem do Carnaval perante o mundo. A gente teve o pico de mortes (de Covid) no Brasil por causa da (variante) Ômicron no dia 27 de fevereiro, seria domingo de Carnaval. Então, por mais que a onda tivesse começado a baixar, o pico de mortes demorava de 20 a 30 dias depois do pico de casos acontecer, então a gente não poderia ter Carnaval naquele momento”, explicou.
O diretor da Liesa também deixou claro que, mesmo com pequenos eventos acontecendo normalmente na cidade do Rio de Janeiro durante o pico de casos da variante Ômicron entre janeiro e fevereiro, o Carnaval não poderia ser tratado da mesma forma, uma vez que tem uma imagem a zelar: “É o preço do sucesso do Carnaval, é o tamanho do maior evento popular desse país, então a gente tem que tratar com carinho, tem que tratar com cuidado e, às vezes, você sofre com coisas que pequenos eventos não vão sofrer”.
Veja um trecho da entrevista no vídeo abaixo:
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Volta com lucro
Gabriel David também revelou que a festa voltou a ser lucrativa após algumas edições de déficit: “Lucro pros camarotes, lucro pros patrocinadores, a Liesa não tem lucro, é uma empresa sem fins lucrativos, mas com certeza com superávit a gente termina esse Carnaval. Finalmente, depois de alguns Carnavais em déficit, isso também é uma mudança muito significativa que a gente propôs junto com a equipe financeira da Liesa que tem sido muito eficaz e muito importante para o futuro do Carnaval”.
Mudanças no desfile deste ano e para o futuro
Uma das mudanças mais notadas pelo público presente na Marquês de Sapucaí durante os desfiles deste ano foi a iluminação, um desejo antigo de David. Ainda assim, o diretor da Liesa acredita que é possível integrar a iluminação do sambódromo com os desfiles.
“Era um desejo, ainda tem o que melhorar. Acho que agora a gente pode fazer a adaptação da iluminação com os desfiles em si, precisa de uma integração real entre os carnavalescos e quem tá operando a luz, esse ano isso não aconteceu. Cada escola vai poder brincar com a iluminação, essa é a grande vantagem de ter uma tecnologia de ponta igual a gente conseguiu trazer pra cá, tenho que agradecer a RioTur, que comprou essa ideia e bancou essa história pra gente”, disse.
Gabriel David expôs que o grande desagrado durante os desfiles desse ano foi a falta de controle com a pista devido ao excesso de pessoas presentes: “O grande desafio para 2023 é controlar o palco em si, que é a pista. Eu vi muita gente na pista esse ano, isso me desagradou, e a gente, junto com o prefeito, a gente vai fazer o trabalho com credenciamento para melhorar isso”.
Possível enredo da Beija-flor para 2023
Filho de Anísio Abraão David, um dos mais importantes nomes da história da Beija-flor de Nilópolis, Gabriel David revelou durante a entrevista que o enredo da escola para o desfile de 2023 ainda não está definido.
“Eu não sei, tem que perguntar pro presidente. Tô escondido do barracão, fui muito pouco lá esse ano. Tem enredos, mas o martelo não tá batido”, detalhou.
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