Filhos de Gugu divergem sobre união do pai com Rose Miriam
Trechos do processo judicial mostram uma discussão entre os filhos do apresentador sobre o reconhecimento da união estável dos pais
atualizado
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A briga pela herança de Gugu Liberato, que morreu em 2019, aparentemente está longe de chegar ao fim. Nesta quarta-feira (31/5) o imbróglio ganhou um novo capítulo, após o colunista Valmir Moratelli, da Veja Gente, divulgar trechos do processo judicial que mostram uma discussão entre os filhos do apresentador e Rose Miriam.
O motivo da acalorada conversa foi a divergência de opinião do filho mais velho, João Augusto, de 21 anos, e das gêmeas Marina e Sofia, de 19 anos, em relação ao tipo de relacionamento que o comunicador mantinha com Rose. Para o primogênito, os pais não tinham uma união estável, ao contrário do que afirmam as gêmeas e a mãe, que luta para ser reconhecida como esposa para ter direito a herança do patrimônio avaliado em R$ 1 bilhão que pertencia ao comunicador.
Além de Rose Miriam, o chef Thiago Salvático também luta na Justiça para ter seu suposto relacionamento com o apresentador reconhecido como união estável pela Justiça. Porém, em dezembro de 2022, o Tribunal de Justiça de São Paulo julgou a relação deles como “clandestina” e apenas “amizade”. Thiago recorre da decisão.
Nos autos do processo, obtidos pelo colunista da Veja Gente, em um trecho de uma ata de uma videoconferência realizada entre João Augusto, Marina e os advogados em 20 de setembro de 2021, que expôs as divergências de opinião dos irmãos em relação à herança.
De acordo com Marina, ela teria vergonha de ser reconhecida como filha de uma “barriga de aluguel”. Além disso, teme o gasto desmedido do patrimônio e o reconhecimento da relação estável entre Thiago e Gugu. O diálogo mediado pela advogada Dra. Ângela e o advogado Carlos Eduardo Farnesi Regina, que foi identificado como solicitante. Os dois fazem parte da equipe jurídica da família Liberato. Confira a seguir trechos da conversa:
“Marina: Cuidar da gente em Orlando não é um projeto de vida?
Dra. Ângela: Não. É um projeto de cuidadora. A sua mãe era uma cuidadora, a sua mãe pode ter sido contratada como uma governanta alemã.
Marina: Ela não foi uma barriga de aluguel.
Dra. Ângela: Igual…
Marina: É João, você acha que a nossa mãe foi barriga de aluguel?
João: O quê?
Marina: Você acha que a nossa mãe foi uma barriga de aluguel?
João: Mas ela concordou em fazer isso, essa foi a vida que ela quis.
Marina: Tá bom, mas a minha mãe… O meu pai escolheu ela por alguma razão. Não escolheu qualquer pessoa.
Dra. Ângela: A sua mãe foi a única que aceitou. Essa é a diferença.
Marina: Ah tá bom. Fala mais, fala mais. Você acha que nenhuma outra pessoa ia aceitar?
(…)
Marina: Se ela for reconhecida como união estável… Também nenhuma outra pessoa pode entrar no processo para tentar também tirar o nosso dinheiro. Não tá certo isso?
Solicitante: Mas quem é essa outra pessoa?
Marina: O gay lá (risos)… tentou entrar no processo, você acha que outra pessoa também não ia tentar?
Solicitante: A gente já cuidou dele.
Dra. Ângela: É.
Marina: Tá bom. Eu tô falando de outra pessoa que pode tentar entrar, de outra pessoa que pode tentar entrar… Se ela for reconhecida… Qualquer outra pessoa pode entrar… Se ela for reconhecida…
Solicitante: … E ninguém ficou sabendo. Se para sua mãe que teve 3 filhos tá super difícil, você acha que para alguém que …
Dra. Ângela: Que foi namorado…
João: Exato.”
Em outro trecho da conversa, Marina alegou que João Augusto não olha na cara da mãe, Rose Miriam, e nem a considera como mãe. Ele perguntou: “Você acha que eu odeio a minha mãe?”. “Você acha que eu vou falar com alguém que está me atacando, meu? Sendo que eu estou querendo dar dinheiro para ela”, afirmou Augusto. A jovem rebateu dizendo que Rose quer só o melhor para os filhos. “Eu não consigo falar com ela, porque não me sinto confortável”, revelou o rapaz.
“Você acha que eu não quero o melhor dela, meu? Eu quero fazer esse acordo… Estou tentando fazer esse acordo há meses, há anos… para terminar com essa p*rra desse negócio judicial. Você acha que não quero terminar essa merda? Eu estou querendo… A gente tem que fazer um acordo em que ela se sinta bem. E é isso que a gente quer. Só que não vai ter união estável, porque não existiu união estável”, declarou João Augusto. Marina seguiu discordando do irmão e afirmou que houve sim união estável entre os pais.
O acordo citado por João Augusto na conversa é referente a proposta que ele fez de pagar R$ 100 mil mensais para a mãe, tal como é repassado para a avó, além dos patrimônios que Rose já tem por direito, como a casa em Aldeia da Serra avaliada em torno de R$ 7 milhões e uma reserva financeira de 500 mil dólares. Em outro trecho da conversa, Marina revela ao irmão o motivo por trás de estar ao lado da mãe na batalha judicial.
“Eu não quero meu nome no Brasil inteiro sendo reconhecida como a menina que nasceu de uma barriga de aluguel, que imagem ridícula. Nossa mãe nunca vai aceitar não ser reconhecida como união estável, então não vai ter acordo sem reconhecimento para ela de união estável. A coisa mais importante para mamãe é ser reconhecida como união estável e não o dinheiro”, disse Marina.
Não convencido com o argumento da irmã, João Augusto explicou o seu ponto de vista. “O papai nunca quis ter um casamento, nunca quis morar junto com ninguém, mas ele queria filhos e teve a gente. A mamãe e a nossa família por parte de mãe precisam do dinheiro, Marina. Sem dinheiro ninguém tem nada. O papai sempre soube que a gente nunca deixaria a mamãe na mão em relação ao dinheiro”, disse ele.
Em seguida, Marina afirmou que não quer perder o patrimônio do pai para outra pessoa que não seja da sua família, se referindo de forma indireta à Thiago. “Se ela não for reconhecida como união estável, outra pessoa como o Thiago Salvático pode entrar em um processo contra a gente, e quem não iria querer tentar ganhar dinheiro, né?”, perguntou ela.
A Veja também revelou as descrições de dois áudios de Sofia e Marina em que as duas falam sobre a ausência de Rose nas suas vidas. “Minha mãe… eu nunca mais a vi, eu não sei. Ela sempre estava na casa das amigas dela ou saindo para algum lugar, eu nunca mais a via e não era ela que me levava para a escola. Na verdade era o Toni. E as coisas não voltaram ao normal”, disse Sofia.
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