Filhos de Bell Marques retomam shows e comemoram 10 anos de carreira
Rafa e Pipo marcaram presença no projeto Vumbora pro Mar ao lado do pai, na volta das apresentações depois de pausa pela pandemia
atualizado
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A dupla Rafa e Pipo Marques, formada pelos filhos de Bell Marques, completou em 2021 dez anos de carreira. Depois de passar quase dois anos sem fazer shows por conta da pandemia da Covid-19, eles voltaram a se apresentar ao grande público em grande estilo. Os artistas marcaram presença na primeira edição do Vumbora pro Mar, evento comandado pelo pai, que aconteceu entre os dias 5 e 8 de novembro, a bordo do transatlântico MSC Preziosa, com convidados famosos como Durval Lelys, É o Tchan e Israel e Rodolffo.
Os cantores fizeram dois shows, que contaram com a presença de um público de cerca de três mil pessoas (70% da capacidade, seguindo exigência das autoridades sanitárias). “Maravilhoso voltar. A gente sente que o público está sedento, precisando liberar essa energia acumulada, principalmente nos nossos shows que têm uma troca de energia e calor humano bem intensa. Quando a gente chega e dá o primeiro acorde, é incrível, a gente se arrepia todo. Está sendo muito bom, a gente estava com saudades. Graças a Deus estamos de volta”, diz Rafa à coluna Leo Dias, que esteve presente na festa. “E é a minha primeira vez em um navio. Estou adorando, inclusive”, emenda Pipo.
“Exatamente no dia em que fizemos dez anos, no auge ainda da pandemia, em janeiro, o que queríamos de fato era estar comemorando no palco, recebendo a energia do público, e aí, quando realizei que estava fazendo dez anos e não podia estar com o meu público, foi bem difícil. Mas estamos de volta agora, graças a Deus”, lembra Rafa.
Para os irmãos, o período de quase dois anos sem fazer shows foi difícil, mas o tempo ocioso fez com que eles colocassem em prática um projeto antigo que está fazendo o maior sucesso hoje: o Axé em Samba, no qual a dupla canta clássicos do Axé Music em ritmo de samba.
“Foi dureza, viu? A gente estava acostumado com essa loucura de sempre viajar, de estar em contato com os fãs, então não foi bom, não. Só que, em compensação, a gente conseguiu se unir para produzir. E foi aí que saiu o projeto Axé em Samba, que é o show apresentado aqui, que mistura os grandes clássicos do axé em ritmo de samba. E foi uma coisa que acho que se não fosse a pandemia, a gente não teria tempo de parar para produzir isso. Tiveram muitos ônus, mas teve esse bônus que foi uma estrelinha que pudemos aproveitar no meio disso tudo e saímos da pandemia com um projeto vencedor, com um projeto muito gostoso, que estamos colhendo os frutos dele agora. Então de todos os malefícios, houve esse benefício”, declara Pipo.
Início da carreira
A dupla se apresentou pela primeira vez em 7 de janeiro de 2011, durante a participação no Festival de Verão de Salvador, com o lançamento da música Minha Vida. Na época, se chamava Oito7Nove4, em referência ao ano de nascimento de Rafa e Pipo, 1987 e 1994, respectivamente. No Carnaval de Salvador de 2011, eles lançaram o bloco Banana Coral, que desfilava na sexta e no sábado pelo circuito Barra Ondina.
Em 2016, com o objetivo de facilitar o entendimento do público, os filhos de Bell Marques resolveram mudar o nome da dupla para Rafa e Pipo Marques e gravaram o primeiro DVD de carreira, o Beira Mar, em Salvador, com as participações especiais de Jorge & Mateus, Wesley Safadão e do pai, claro. A música Tô de Boaça, gravada com Safadão, foi o hit do Carnaval mais procurado no YouTube no início de 2017, com mais de 14 milhões de visualizações, e rendeu a eles o Prêmio YouTube Carnaval 2017. Em abril do mesmo ano, Rafa e Pipo lançaram Se o Passarinho Voou, com a participação especial de Jorge & Mateus.
“A gente sempre foi muito encantado pela carreira de nosso pai. Ele, sem dúvida nenhuma, é o nosso maior ídolo, não só na música mas como pessoa também. E acho que seria um pouco difícil a gente não seguir pelo mesmo caminho, porque a gente sempre viu os fãs dele mandando tanto carinho, ele recebendo tanto amor (…) A gente foi se encantando pelo meio. Também sempre fomos muito acolhidos pelos fãs dele, então acho que seria um pouco complicado não seguir o caminho da música. Foi amor à primeira vista”, confessa Rafa.
E continua: “Ele (Bell Marques) nem queria tanto que a gente seguisse porque ele sabe o quanto é difícil (…) Noites sem dormir, datas importantes viajando, rotina de estrada, os perigos da estrada, então é de fato complicado, mas quando a gente se apaixonou não teve para onde correr”.
A dupla segue com dois estilos de shows. “Temos o do projeto Axé em Samba, e o nosso show normal. No nosso show tradicional, colocamos músicas como sertanejo no repertório, por exemplo, mas mais puxado pelo nosso ritmo. A gente faz uma mistura também e fica bem legal”, explica Pipo.
Axé em Samba
A dupla revelou que a ideia do projeto Axé em Samba surgiu despretensiosamente num encontro com amigos no Rio de Janeiro, há cinco anos. “Surgiu justamente quando estávamos em uma resenha, na casa de um amigo nosso, fazendo um pagodinho, brincadeira de fundo de quintal, com violão, churrasco, banjo, pandeiro e tantan. Aí começamos a cantar músicas de axé em ritmo de samba. Ficou bom o negócio, daí surgiu o nome, o projeto, tudo ali mesmo”, lembra Pipo.
“Não tínhamos concretizado ainda porque achávamos que não era o foco, mas como o Pipo falou, veio pandemia, a gente ficou meio ocioso e pensamos: ‘Vamos produzir. Vamos trabalhar porque está brabo ficar aqui sem fazer nada’. E aí surgiu esse projeto bacana”, emenda Rafa.
Planos para 2022? Claro que Rafa e Pipo têm. “Estamos gravando já o Axé em Samba 2. São muitos clássicos do Axé, não dá para abraçar todos em um CD só. Então já estamos produzindo o segundo. A gente quer gravar no final deste ano ainda um DVD para lançar ano que vem e explodir no carnaval”, Rafa.
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