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A atriz Simone Soares, que trabalhou em novelas como A Lua Me Disse, O Profeta e O Astro da Rede Globo, enfrenta um drama pessoal desde a sua infância. Nascida em Taubaté, a artista de 43 anos luta desde pequena para ser reconhecida pelo pai biológico, um empresário bem sucedido de sua cidade natal, que hoje mora em Fortaleza (CE). Com um imbróglio que se arrasta há anos, Simone contou à coluna que não desistiu, ainda, de ter em seu registro de nascimento o nome do progenitor.
“Eu estou desde o ano de 2006 na Justiça. Já tive várias tentativas de exames de DNA frustradas, porque ele não aparece na data marcada. O exame já foi feito com os irmãos dele, mas o meu advogado questionou a veracidade do resultado e o laboratório respondeu que precisaria fazer exames com as partes presentes. Então, espero ainda que a justiça seja feita”, disse a atriz.
Simone revelou que abriu um novo processo contra o seu suposto pai depois de passar por um período muito difícil, sofrendo com a depressão. “A Justiça deveria ser mais ágil e mais justa em nosso país, pois quando nós estamos com alguma conta em aberto, por exemplo, o nome fica sujo e te ligam insistentemente. Infelizmente, só com a ajuda dos meus amigos da imprensa, que deram visibilidade ao caso, é que o processo voltou a andar”, contou Simone a este colunista.
Se depender da força de vontade dela, essa história não acabará tão cedo. “Irei insistir até o final da minha vida nesta história. Até por que, para se fazer um filho precisamos de um homem e uma mulher. E todos nós possuímos o direito de saber quem é seu pai para ter um nome. As dores e as sequelas de uma rejeição nos persegue durante a vida inteira. Mesmo correndo o risco de ser julgada, carrego a certeza de que a exposição da dor da rejeição, pode ajudar a amenizar a dor de muita gente também”, desabou por telefone Simone.
A campanha da atriz, Sou filho da Mãe mas eu tenho Pai, já ajudou várias pessoas a encontrarem entes de suas respectivas famílias. Soares além de batalhar para conquistar o seu direito, encontrou forças dentro de sua frustração para poder empoderar outros brasileiros na luta por reconhecimento materno ou paterno. “A campanha tem ajudado a confortar o coração de muitos. A ideia é que eu consiga ajudar mais com a união dos amigos, os jornalistas e políticos. No Brasil existem 6 milhões de pessoas que sofrem sem o reconhecimento de um pai”, finalizou.