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Especialista fala sobre inseminação de Claudia Raia e gravidez aos 55 

Coluna ouviu ginecologista sobre todos os passos de uma inseminação artificial 

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1 de 1 Foto colorida de Claudia Raia - Foto: Reprodução/Instagram

Aos 55 anos de idade, Claudia Raia anunciou na última segunda-feira (19/9) a informação que este espaço apurou na sexta-feira (16/9): ela está grávida do seu 3° filho. A coluna ouviu a ginecologista Carla Iaconelli para entender melhor como funciona a inseminação artificial e quais cuidados são necessários durante a gravidez nesta idade. 

Segundo a médica, a gestação em mulheres acima de 50 anos é muito rara: “Em relação às mulheres acima de 50 anos, são raros os relatos de gestação natural, mas podem acontecer. É menos de 1% a probabilidade de gravidez de uma mulher que se submete a uma Fertilização In Vitro (FIV) com óvulos próprios acima dos 45 anos, não chega a 1%. Se aos 45 anos não chega a 1%, aos 55 anos, ter uma gestação natural é muito muito raro.” 

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Claudia Raia participou do Saia Justa, do GNT, e relembrou um fetiche que terminou em risada do affair
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Claudia Raia revela que ficou surpresa ao descobrir gravidez

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Carla informa que existem algumas formas diferentes de se fazer essa fertilização em mulheres com mais de 50 anos: o uso de óvulos congelados da própria paciente ou a ovodoação, que ocorre quando os óvulos são doados por outra mulher, geralmente com menos de 35 anos.

Como funciona a ovodoação? 

A ovodoação no Brasil funciona da seguinte maneira: você pode usar um óvulo doado – e essa é uma técnica muito utilizada também por casais homoafetivos masculinos -, pode ser de alguém da sua família até o 4 grau. Então prima, tia, mãe, irmã, podem doar óvulos para pacientes. Se não tiver ninguém na família elegível, você pode usar o óvulo doado de uma doadora anônima. A doadora pode doar até os 37 anos, mas os melhores resultados são até 35 anos, 30 anos para ter um melhor resultado”, explicou. 

De acordo com a médica, é necessário que a doadora faça uma série de exames, inclusive psicológicos, para que os critérios estabelecidos pelas leis brasileiras sejam cumpridos: “A gente faz perguntas sobre doenças hereditárias; exames genéticos para ver se existe algum risco de determinadas doenças genéticas, como cariátide, fibrose cística e outras doenças; e também sorologias, que são exigências da Anvisa para que se faça ovodoação.”

É seguro fazer FIV aos 55 anos? 

Carla Iaconelli responde que sim, mas não em todos os casos. “Nessa faixa etária, é seguro se a paciente estiver com a saúde adequada, se ela estiver bem fisicamente. E isso o médico tem que avaliar antes de propor qualquer tratamento, se ela está bem para engravidar. A gente tem que ver fatores de complicação de gravidez: o IMC; como está a saúde cardiológica, pulmonar; se tem risco de trombose; se fez todos os exames de triagem, pois nessa idade começa ter maior incidência de alguns tipos de câncer; a gente precisa fazer toda uma investigação antes de transferir um embrião para esta paciente”, exemplificou.

“As normas do conselho federal de medicina dizem que a idade ideal seria de 50 anos. Mas, no parágrafo, diz: ‘O médico e a paciente, de acordo com a saúde, de acordo com o que foi combinado entre os dois, a paciente pode engravidar com mais de 50 anos, com supervisão médica.’”, informa a doutora.

Quais são os riscos?

“Os riscos de uma gestação nessa idade são relacionadas a síndromes obstétricas, como eclâmpsia, diabete gestacional, trombose, descolamento de placenta, acretismo placentário – que é quando a placenta invade muito o útero -, prematuridade… São todas as complicações que vão aumentando com a idade materna”, diz Carla.

Gravidez após os 35 anos

Segundo a médica, é comum que livros de medicina chamem de “gestante idosa” ou configurem uma “gestação tardia” as mulheres que engravidam com mais de 35 anos de idade. “A gente sabe que a população, ainda mais nos grandes centros urbanos, está caminhando para isso. As mulheres estão deixando para engravidar mais tarde. Então a população de gestantes com mais de 30, 35, 40 anos, está aumentando demais nos últimos anos. Nós, obstetras, temos que nos atualizar e nos preparar para atender essas gestantes, que vão com certeza apresentar maior complicação e elas tem que se preparar melhor para uma gravidez”, finaliza.

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