Entenda síndrome de Bless, filho de Gio Ewbank e Bruno Gagliasso
Apresentadora compartilhou, emocionada, como foi que ela e Bruno Gagliasso descobriram que o filho tem a condição
atualizado
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Na manhã desta quarta-feira (25/1), viralizou na web o relato de Giovanna Ewbank, que se emocionou ao compartilhar como descobriu que Bless, seu filho do meio com Bruno Gagliasso, tem uma síndrome sensorial, o Transtorno de Processamento Sensorial. A coluna LeoDias ouviu o psicólogo Alexander Bez e a especialista em neurociência Telma Abrahão, para entender mais sobre a condição e como ela pode afetar as crianças e suas famílias.
A atriz explicou em seu podcast, Quem Pode, Pod, que Bruno Gagliasso e ela foram atrás de um diagnóstico para o filho durante o isolamento: “Durante a pandemia, o Bless começou a ficar muito aéreo, [fazendo] algumas coisas que eu achava um pouco estranhas. Comecei a achar que ele poderia ter um grau de autismo, até que uma médica em São Paulo o diagnosticou com uma síndrome sensorial. Ele ouve mais do que nós todos, ele sente mais, sente mais cheiro.”
A suspeita de Giovanna e Bruno sobre um possível autismo não estava de todo errada, apenas não era o caso de Bless. Isso porque, segundo Alexander Bez, a síndrome pode ou não ter associação com o autismo. O psicólogo explicou que o Transtorno de Processamento Sensorial (TPS) “está relacionado à dificuldade do cérebro em processar os estímulos externos e os estímulos ambientais. É um espectro de origem neurológica, mas abrange a esfera Neuropsicológica.”
Quais são os sinais e tipos da síndrome?
O psicólogo aponta que esta condição afeta os sentidos da pessoa: “Tanto na esfera hipossensibilidade quanto na esfera da hipersensibilidade”. DesSa forma, quanto mais sensível a pessoa for, maiores são os indícios de que ela tenha esta síndrome.
Alexander adverte, no entanto, que o quadro não deve ser confundido com o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). “A hipossensibilidade é muito confundida com um possível TDAH pelas inquietações, pois a criança com TPS faz muito esforço para reconhecer os estímulos da ambientação, se agitando muito: frio; calor; luzes; cores e etc”, relata.
Ele também explica o outro tipo de diagnóstico: “A hipersensibilidade já é moldada pelo extremo desconforto que a criança com TPS sente ao processar os estímulos sensoriais. As luzes se tornam mais brilhantes e a temperatura mais forte. Sons mais intensos e o tato com mais sentido, podendo muitas vezes ser complicado para os pais entenderem essas questões, achando que realmente é uma frescura.”
Ele conclui: “Não há bipolaridade na sintomatologia, ou a criança tem hipossensibilidade ou hipersensibilidade. Nas duas formas há transtornos psicológicos e emocionais envolvidos, caracterizando-a também como uma Síndrome de conotação Neuropsicológica.”
Impacto nas crianças e nas famílias
Durante o podcast, Giovanna chorou ao lembrar que ela e Bruno chegaram a repreender Bless algumas vezes, quando ele demonstrava estar incomodado com alguma sensação, como se fosse exagero ou besteira de sua parte. Este acaba sendo um comportamento comum de famílias e pessoas próximas que não têm noção da síndrome.
Especialista em neurociência do desenvolvimento infantil Telma Abrahão relembra a importância de diagnosticar as crianças corretamente: “O diagnóstico do Transtorno do Processamento Sensorial em crianças é muito importante, pois traz uma grande compreensão sobre o comportamento infantil para os pais.”
“Sem o diagnóstico, os pais ou cuidadores tendem a achar que a criança é ‘mimizenta’, ‘fresca’ ou ‘mimada’. Isso impacta negativamente os relacionamentos e o comportamento da criança, que fica irritadiça e pode explodir com mais facilidade”, detalha.
Ela acrescenta: “Crianças com Transtornos de Processamento Sensorial não diagnosticadas tendem a ser mal interpretadas e até castigadas por seus pais, o que acaba criando traumas e piorando a situação.”
Segundo Alexander, “síndromes dessa natureza são de origem genéticas (congênitas), portanto não falamos em cura, mas em tratamento para melhorar as interações e o convívio diário, associado psiquiatricamente, neurologicamente e psicologicamente.”
Abrahão detalha a importância do tratamento com um terapeuta ocupacional: “O tratamento com terapeuta ocupacional é recomendado e muito importante para que a criança tenha uma boa qualidade de vida durante a infância e supere o transtorno.”
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