Entenda prisão de 7 envolvidos em ataques racistas contra Vini Jr.
Esse foi o 6° ato de racismo noticiado contra o jogador somente neste ano. O mais recente ocorreu no domingo (21/5)
atualizado
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A Polícia Nacional da Espanha prendeu sete pessoas por suspeita de envolvimento em dois episódios de racismo contra Vinicius Jr.: no de domingo (21/5), quando o jogador brasileiro foi atacado por parte da torcida do Valencia, e outro do começo do ano, quando um boneco representando o jogador foi pendurado por uma corda no pescoço em uma ponte na cidade de Madri.
As quatro pessoas suspeitas de terem participado no ato racista de janeiro de 2023 são integrantes da torcida organizada do Atlético de Madrid, a Frente Atlética. Além de pendurar o boneco “enforcado”, eles estenderam uma faixa que dizia: “Madri odeia o Real”.
Os suspeitos têm entre 19 e 24 anos de idade. Um dos detidos tem passagem na polícia por um crime de lesão corporal.
Presos por atos racistas no jogo
Já os outros três homens presos por insultos raciais, estiveram no jogo de domingo, entre Real Madrid x Valencia. Todos são torcedores do time valenciano e foram identificados pela própria direção do time. Eles foram detidos em suas residências.
“A polícia deteve três jovens em Valencia por comportamentos racistas ocorridos no domingo passado no jogo entre Valencia Cd e Real Madrid”, declarou a Polícia Nacional.
O Valencia disse, por meio de um comunicado, que coopera com a polícia na busca de “eliminar o racismo no Mestalla”. Eles afirmam que seguem tentando identificar mais torcedores que participaram dos ataques, mas negam que toda a torcida tenha entoado as canções racistas.
“O clube reitera sua condenação mais enérgica e sua posição enfática contra o racismo e a violência em todas as suas formas e atuará com a mesma contundência com todas as pessoas identificadas, aplicando sua medida mais severa: os expulsando do estádio pelo resto da vida”, escreveram.
Relembre o caso
Vini Jr. jogava na partida contra o Valencia quando percebeu os ataques racistas e apontou os torcedores do time adversário que o insultavam. O jogo teve uma pausa de 10 minutos e uma confusão no campo se sucedeu logo em seguida. O atleta brasileiro foi expulso, mas o árbitro de vídeo que mostrou a reconstituição da briga, deve ser demitido, noticiou o As.
Isso porque ele não mostrou toda a cena ao árbitro, onde Vini leva um mata leão de Hugo Duro, atleta do Valencia. Ele deu um soco para revidar e somente ele foi expulso.
Após os episódios de racismo, Vini voltou a receber apoio dos brasileiros e vários foram os que se pronunciaram a favor do atleta. Na noite de segunda-feira (22/5), o Cristo Redentor teve suas luzes apagadas como mais uma demonstração de apoio ao jogador.