Entenda caso de Daniel Alves, acusado de assédio sexual na Espanha
O jogador brasileiro está preso preventivamente. Ele é acusado de ter estuprado uma moça no final do ano passado
atualizado
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Atenção: a matéria a seguir traz relatos sensíveis de agressão e abuso sexual e pode ocasionar gatilhos sobre estupro, violência contra a mulher e violência doméstica. Caso você seja vítima deste tipo de violência, ou conheça alguém que passe ou já passou por isso, procure ajuda e denuncie. Ligue para o 180.
Daniel Alves está preso preventivamente na Espanha desde o dia 20 de janeiro, após ser acusado de assediar sexualmente uma jovem espanhola de 23 anos, em uma boate em Barcelona, no dia 30 de dezembro de 2022. Câmeras do local mostram que ele ficou trancado com a vítima por 15 minutos no banheiro da parte VIP da balada. A coluna LeoDias resume o caso.
O episódio se tornou público já no dia 31 de dezembro. Segundo relatos da vítima, ela e Daniel dançaram juntos na boate e ele teria levado a mão dela ao seu pênis em vários momentos, até que ela se assustou e se retirou.
Cerca de 4h30 da manhã, Daniel pediu que ela o seguisse até o banheiro. A moça tentou sair mas Daniel não teria permitido. O estupro teria ocorrido neste momento. De acordo com o jornal espanhol El Periódico, Alves também teria agredido a mulher.
Câmeras do local mostram que Daniel ficou trancado com a vítima por 15 minutos. Assim que conseguiu fugir do espaço, ela procurou ajuda das amigas e dos seguranças do local, que acionaram a polícia Catalã, mas o jogador já tinha deixado a boate. Em seguida, a jovem foi auxiliada e passou por exames que indicaram lesões características de estupro.
Versões confiltantes
Desde a repercussão do caso, Daniel já deu versões opostas sobre o que aconteceu. Na primeira delas, em um vídeo enviado à emissora de TV Antena 3, ele disse que estava na balada naquele dia, mas que não conhecia a vítima: “Eu não sei quem é essa senhora. Não sei seu nome, não a conheço, nunca a vi na minha vida. Nunca invadi o espaço de alguém sem autorização.”
Posteriormente, à medida que provas sobre o caso foram surgindo, o jogador apresentou uma versão diferente, afirmando que teve relação com a vítima, mas que tudo foi consensual.
As contradições entre os depoimentos, assim como o risco de fuga, foram determinantes para que a juíza Maria Concepcíon Canton Martín decidisse pela prisão provisória, sem fiança, de Alves, no dia 20 de janeiro, após ele ir até a Espanha prestar depoimento. Não existe data de previsão para a liberação do jogador, que estava no Centro Penitenciário Brians 1, nos arredores de Barcelona, até a manhã desta segunda-feira (23/1).
O “risco de fuga” foi assim tratado por Daniel ter poder aquisitivo o suficiente para deixar o país quando quiser e pelo Brasil não ter acordo de extradição com a Espanha.
A vítima disse à juíza responsável pelo caso que não quer nenhuma indenização de Daniel, apenas que a justiça seja feita.
Transferência de penitenciárias
Na manhã desta segunda-feira, Daniel Alves foi transferido para outra o Centro Penitenciário Brians 2, um local que costuma manter os presos “famosos”. A mudança, segundo a Secretaria de Justiça do governo da Catalunha, é apenas preventiva, para evitar algum risco à integridade física dele.
Agora, Alves está em uma cela individual com banheiro.
Demissão
Frente aos acontecimentos, o Pumas, do México, equipe em que Daniel tinha contrato, mas não atuava desde setembro, anunciou que o contrato de trabalho de Daniel Alves com o clube será rompido por justa causa.
Qual a pena que Daniel Alves pode pegar?
Daniel poderá ficar preso preventivamente por até 2 anos, até o julgamento do caso. Perante a lei espanhola, Daniel poderá pegar até 12 anos de prisão, caso seja condenado por agressão sexual.
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